Não podemos aceitar a barbárie do estupro, diz Luciana Santos

Nesta quarta-feira (25) um crime brutal chocou o país. A notícia da jovem de 17 anos que foi estuprada por 33 homens, em uma comunidade no Rio de Janeiro, reacendeu o debate sobre a cultura de estupro e a naturalização deste crime. Depois de passar horas violentado a jovem, os criminosos divulgaram vídeos e fotos na internet vangloriando-se do fato. A barbárie completa.

Charge Ribs - Divulgação

A deputada Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, publicou uma nota de repúdio onde exige justiça para a vítima e punição aos estupradores. “Não podemos nos calar diante dessa cultura que naturaliza a violência contra a mulher. Não podemos aceitar como normal essa barbárie que é o estupro. Não vamos nos calar diante da violência. Não vamos nos calar enquanto não houver justiça para a menina do Rio de Janeiro, para cada uma de nós, para todas nós!”, disse.

No mesmo dia que este crime veio à tona, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), recebeu o ator de filmes de conteúdo adulto, Alexandre Frota, para “apresentar uma pauta” ao ministério. Há menos de um ano, Frota confessou que cometeu um crime de estupro em um programa veiculado em cadeia nacional. Em tom sarcástico, o ator gargalhava e humilhava a vítima.


Charge do cartunista Ribs 

Ainda neste mesmo dia, que parecia não ter fim, o Instituto Patrícia Galvão informou que em quatro anos dobrou o número de abusos sexuais no metrô de São Paulo. Estes fatos deixam claro que passou da hora de combater a cultura de estupro no país. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no Brasil.

O caso da jovem no Rio de Janeiro ganhou repercussão nacional e até a noite desta quarta-feira (25) o Ministério Público já havia recebido mais de 800 denúncias de pessoas que viram o conteúdo compartilhado pelos estupradores na internet. Até o momento dois já foram identificados pela polícia.

A polícia do Rio de Janeiro mantém sigilo sobre a identificação dos criminosos. Quem tiver informações pode entrar em contato através do Disque-Denúncia (21) 2253-1177.