EUA submete presos em Guantânamo a tortura mental

O prisioneiro do campo de concentração estadunidenese situado na base ilegal de Guantânamo, em território cubano, Gulid Hassan Durad, afirmou em tribunal que foi diariamente objeto de tortura mental na sua cela, desde que foi transferido para o Campo 7 da instalação.

Vista do campo de concentração situado na base ilegal de Guantânamo

Ele testemunhou este fato perante uma comissão militar na base militar ilegal nesta quarta-feira (2).

"Eu experimentei ruídos, cheiros e vibrações [na cela]… Foi isso que me fez vir aqui [ao tribunal] para testemunhar que existe tortura mental no Campo 7", disse Gulid.

As autoridades dos Estados Unidos transferiram Gulid para o Campo 7 em 2006 a partir de outro local no campo de concentração da Baía de Guantânamo.

Gulid explicou que tinha experimentado tortura mental em sua cela diariamente desde 2009. Ele observou que tinha parado de reclamar porque o comandante da guarda ignorou seus protestos ou aumentava a tortura depois de ele reclamar.

Gulid testemunhou que outros presos de Guantânamo, incluindo os supostos "responsáveis" pelo 11 de Setembro, Ramzi bin al-Shibh e Abu Zubaydah, foram torturados de mesmo modo.

Os advogados de bin al-Shibh tinham solicitado a Gulid que testemunhasse para provar que as queixas de seus clientes tinham fundamento. Os procuradores alegam que bin al-Shibh "inventa" ou "imagina" as vibrações.

O governo dos EUA nunca tinha acusado Gulid de qualquer crime. Na quinta-feira, ele testemunhou que não teve acesso a advogado desde que foi levado sob custódia dos EUA em 2004.

Do Portal Vermelho, com informações da agência Sputnik