Dia 10: Resistência sem trégua ao governo que ataca os trabalhadores

A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgaram nesta semana convocações para os atos desta sexta-feira (10). Entre as atividades do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra o golpe acontecerão as greves de 24 horas dos Petroleiros e Bancários. A Intersindical também integra as mobilizações, organizadas pelas Frentes Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular, 

CTB Fora Temer
Para Adilson Araújo, presidente da CTB, a resistência ao golpe precisa ser diária assim como tem sido os ataques do governo Temer aos direitos dos trabalhadores. 
 
Nesta quarta-feira (8) em nova manobra na Câmara dos Deputados, o golpista Temer aprovou em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. Na prática, é uma autorização para o governo gastar livremente recursos que vão de R$ 117 bilhões e R$ 120 bilhões para este ano, que devem impactar negativamente na previdência e outras áreas sociais. O debate vai para o Senado. 
 
Sem trégua
“Sem trégua ao governo interino. Não iremos conciliar com o golpe e o projeto de retrocesso neoliberal em curso. A CTB definiu mobilização total para empreender a luta contra o governo ilegítimo, defender a democracia, a soberania e a valorização do trabalho”, declarou Adilson.
 
“Sempre alertei os trabalhadores que o golpe era contra nossos direitos e conquistas. E as medidas que a equipe de Temer veem debatendo via imprensa comprovam isso. Querem fazer a reforma da previdência e a trabalhista. Reforma é sempre para tirar direitos e agradar os patrões”, lembrou Vágner Freitas, presidente da CUT.
Fortalecendo os protestos
Bancários e Petroleiros, duas das principais categorias de trabalhadores organizados do país, anunciaram que vão paralisar por 24 horas nesta sexta-feira. Para José Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro –RN), a mobilização deste final de semana vai fortalecer a construção de uma greve geral.
 
O sindicato dos bancários aprovou por maioria esmagadora a adesão à greve desta sexta. De 14.941 trabalhadores que participaram da votação, 12.095 votaram pela paralisação das agências em todo o Brasil.
“O projeto que está sendo colocado prevê uma série de retirada de direitos, o que para os trabalhadores é inadmissível. Por isso vamos cruzar os braços: não aceitamos nenhum direito a menos”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.