“Esse golpe é machista, é contra as mulheres”, diz presidenta da UNE

Durante o ato realizado em São Paulo contra o presidente interino Michel Temer, a presidenta da UNE, Carina Vitral, denunciou o teor “machista e misógino” do governo provisório que excluiu as mulheres da equipe ministerial. “A ausência de mulheres nos ministério sé um absurdo. Este golpe é machista, é contra as mulheres, é misógino”, disse.

Carina Vitral - Bruno Bou

Carina destacou a luta das mulheres em todo o Brasil contra o golpe e contra a cultura do estupro, que vitimou a jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. “Essa cultura machista faz com que hoje nós não tenhamos nenhuma mulher ministra”.

E ressaltou que com a força das mulheres o golpe será vencido. “Nós, com a força das mulheres, das mulheres jovens, vamos derrotar os fascistas, os golpistas e os machistas”.

CPI da UNE

Para Carina, a palavra que resume o governo provisório é “retrocesso”. Em menos de um mês, uma série de direitos já foram atacados e o próximo alvo é a União Nacional dos Estudantes. “É um golpe contra os direitos e vão tentar criminalizar os movimentos sociais. A une está sendo perseguida e criminalizada”.

A presidenta da entidade denunciou que o último ato de Eduardo Cunha, antes de deixar a presidência da Câmara Federal, foi instalar a CPI da UNE. A última vez que a entidade foi investigada desta forma foi às vésperas do golpe militar de 1964. E a primeira ação da ditadura foi extinguir a UNE. “Não descansaremos enquanto Eduardo Cunha não estiver na cadeia, caçado”, afirmou.