Professores do Paraná e Rio Grande do Sul contra desmonte da Educação

Assembleias realizadas nesta sexta (24) e sábado (25), professores da rede estadual do Paraná e Rio Grande do Sul decirampela greve para reivindicar melhores condições de trabalho e salário. 

Presidente do Cpers Helenir Aguiar Shurer.jpg - Guilherme Santos/Sul21

Em Porto Alegre, assembleia geral do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) rejeitou a contraproposta apresentada pelo governo José Ivo Sartori (PMDB), e decidiu, nesta sexta-feira (24), manter a greve da categoria que já dura 40 dias.

A proposta de continuidade da greve venceu por com 730 votos, contra 691. A proposta de Sartori não trouxe maiores novidades em relação a propostas anteriores. O governo disse que não há nenhuma possibilidade de reajuste salarial, dispondo-se apenas a revogar a Portaria n° 116/2016, que trata da questão do difícil acesso, e a não criminalizar o movimento dos estudantes e dos educadores, entre outras questões.

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, fez um balanço da mobilização da categoria e criticou a intransigência e falta de diálogo do governo Sartori. “Esse governo só foi apresentar uma proposta após mais de 30 dias de greve e depois de termos ocupado o CAFF. Isso mostra bem o que estamos enfrentando: um governo autoritário, intransigente e que não dialoga”, declarou.

Assembleia realizada neste sábado na sede do sindicato da categoria, em Curitiba, os professores da rede estadual aprovaram estado de greve com paralisação a partir do dia 30 de agosto. Durante toda a semana, o sindicato pretende fazer uma série de atos e mobilizações para fortalecer a convocação da categoria e a pauta de reivindicações.

“Deliberamos pelo estado de greve a partir deste momento e um conjunto de ações que vão desencadear em uma paralisação no dia 30 de agosto, com ato regional em Curitiba e atos em várias outras cidades do estado. Não aceitaremos qualquer retrocesso”, disse presidente da APP Sindicato, Hermes Leão

A pauta reivindica o pagamento e implantação dos valores em atraso referente a progressões e promoções de professores e funcionários da educação e a contratação de professores e funcionários aprovados em concurso.

A mobilização também prevê a participação dos estudantes com o apoio da Upes (União Paranaense de Estudantes Secundaristas) para tratar da cooptação da Seed aos grêmios estudantis e o fato de diretores/as de escolas impedirem a entrada de lideranças estudantes e material dos movimentos social e sindical; ações de denúncia da Operação Quadro Negro e da situação da merenda nas escolas; e campanha contra o assédio nas escolas públicas.