FMI: Deutsche Bank é o banco mais perigoso para a economia mundial
O banco alemão Deutsche Bank é o que apresenta o maior risco para o sistema financeiro global, segundo uma lista elaborada pelo FMI, com 29 instituições.
Publicado 01/07/2016 14:00
Entre os bancos de importância mundial, o alemão Deutsche Bank é o que apresenta o maior risco para o sistema financeiro global, segunda a lista do Fundo Monetário Internacional (FMI), elaborada como parte de sua revisão anual da estabilidade do setor financeiro germânico.
Os bancos sistêmicos são aqueles cujos problemas podem causar um forte impacto negativo sobre o sistema financeiro global. Segundo explica o organismo, “parece que o Deutsche Bank é o contribuinte com um risco sistêmico maior, à frente do HSBC e do Crédit Suisse”.
A “relativa importância” do Deutsche Bank, que está muito conectado com outras instituições financeiras europeias por meio de investimentos e unidades de transação bancária, coloca em destaque a necessidade de uma gestão de riscos, da “intensa supervisão” dos bancos sistêmicos e do “acompanhamento de perto” de suas exposições externas, afirma o FMI.
Nessa lista, a entidade alemã é seguida pelo JPMorgan, Goldman Sachs, Bank of America e BNP Paribas, assim como Santander, o único banco espanhol na classificação.
Em geral, o FMI adverte que “Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos são os países que mais danos podem provocar aos sistemas bancários de outros países em termos de perdas de capital, no caso de um choque financeiro em seus sistemas bancários”.
Assim, segundo o relatório, uma crise no sistema financeiro alemão teria maiores danos colaterais no exterior que dentro da própria Alemanha.
O documento foi publicado depois que em 29 de junho a Reserva Federal dos Estados Unidos informou que as filiais norte-americanas do Deutsche Bank e do Santander foram as únicas das 33 entidades estadunidenses que suspenderam o teste anual de capacidade de recuperação financeira, em cenários hipotéticos de estresse, uma notícia que provocou a queda de quase 5% nas ações do banco alemão.