Rússia: Eventos na Turquia, na Armênia e no Cazaquistão têm ligação?

Os acontecimentos recentes na Turquia, na Armênia e no Cazaquistão estão ligados e são dirigidos do exterior, segundo afirmou o vice-presidente do Comitê da Duma de Estado (câmara baixa do Parlamento russo) para Assuntos da Comunidade de Estados Independentes (CEI), Kazbek Taisáev.

Soldados vigiam praça Taksim, em Istambul, no dia 15 de julho

"Do meu ponto de vista, são elos de uma mesma cadeia. Os eventos na Turquia, na Armênia e no Cazaquistão (…) – tudo isso foi trazido de fora. Atualmente, no Cazaquistão não há premissas para que cresça algo sério capaz de levar a um golpe de Estado. Introduzem isso a partir do exterior. Acredito que a partir do outro lado do oceano, os serviços de inteligência se encarregam desses assuntos, desestabilizam a situação na Armênia e no Cazaquistão", disse Taisáev, citado pelo portal Life.ru.

O deputado russo disse ainda que a tranquilidade e a paz nas fronteiras da Rússia não trazem benefício para o Ocidente. Ao mesmo tempo, exortou Moscou a prosseguir cooperando com Astana e Erevan.

"Devemos nos unir. Já temos uma união econômica, temos de desenvolvê-la. Acho que temos vontade o suficiente para prestar-nos ajuda uns aos outros", disse o alto funcionário.

A Turquia viveu na última sexta (15) uma tentativa de golpe militar que causou mais de 290 mortos e mais de 1.400 feridos.

Em 17 de julho, um grupo armado invadiu uma delegacia de polícia no distrito de Erebuni – periferia de Erevan – e tomou reféns, exigindo a libertação de um líder da oposição radical acusado de posse ilegal de armas.

Nesta segunda-feira (18), em Almaty, no Cazaquistão, houve um tiroteio que deixou sete policiais mortos. As autoridades locais anunciaram alto nível de ameaça terrorista.