Depois de cem anos de buscas, túmulo maia é encontrado em Belize

Após mais de uma centena de anos de escavações, arqueólogos conseguiram realizar uma descoberta histórica em Xunantunich, o sítio arqueológico maia, localizado em Belize, perto da fronteira com a Guatemala.

Sítio arqueológico de Xunantunich - Divulgação

A temporada arqueológica de 2016 prova ser verdadeiramente excepcional para os arqueólogos em Xunantunich. Só num mês eles descobriram tábuas de pedra com inscrições hieroglíficas dos maias e no dia 28 de julho o primeiro túmulo de um soberano.

A câmara funerária foi encontrada em uma profundidade de cinco a oito metros e contém cerâmica, fragmentos de nefrite e restos humanos. Além disso, na parte noroeste do túmulo foram encontrados os restos de um animal, possivelmente de uma onça.

A construção e as dimensões do túmulo, assim como a presença de nefrite, uma rocha sagrada para os maias, significa que este sitio acolheu uma pessoa muito importante, provavelmente um soberano maia. A análise dos ossos, dos dentes e do crânio permite concluir que se tratava de um homem de 20 a 30 anos da idade.

A descoberta surpreendente foi feita pelo professor Jaime Awe, um especialista em história maia e um dos fundadores da arqueologia de Belize. Segundo ele, a coisa mais surpreendente é a própria descoberta, porque as buscas arqueológicas têm sido realizadas já durante um século, mas ninguém tinha encontrado nada até o momento. Além do mais, a câmara funerária em Xunantunich é uma das maiores câmaras encontradas na América Central.

O sítio arqueológico de Xunantunich está situado no cimo de uma colina e é famoso por seus frescos e estuques à volta do andar da pirâmide principal. Os arqueólogos estão realizando escavações desde o fim do século 19, especialmente no lado sul do monumento de El Castillo, que é um dos principais vestígios maias de Belize. Este templo, ladeado por estruturas piramidais, é um dos maiores monumentos dessa civilização, que atingiu o seu ápice entre os séculos 7 e 10 da nossa era.