Ministro de Temer é vaiado em evento da campanha de amamentação

Vaias têm sido a trilha sonora do governo provisório de Michel Temer. antes da monumental vaia durante a abertura dos jogos Olímpicos, o ministro da Saúde de Temer, Ricardo Barros, recebeu a saudação de protesto durante o lançamento da campanha de amamentação, no último sábado (6).

Ricardo Barros

O movimento Ocupa SUS, em repúdio a proposta de criação de planos de saúde populares, puxou a vaia e palavras de ordem, durante evento na Casa Brasil. Constrangido, o ministro fez um discurso rápido, mas a maioria dos presentes não escutou porque a vaia veio de toda a plateia.

Sobre a proposta de "planos populares, a psicóloga e servidora pública Amanda Almeida, disse em entrevista à Agência Brasil que a medida significa desinvestimento no SUS. "É a privatização por dentro do Estado. Lutamos pelo aumento e qualificação do SUS. Ele já falou que o PIB [Produto Interno Bruto] não cabe no SUS, que é importante enxugar o SUS, cada dia ele vem com uma pérola", afirmou.

O ministro de Temer, no entanto, tentou justificar que empurrar a população para pagar plano de saúde, ao invés de ampliar os investimentos da área, pode ajudar a economizar recursos. "O governo federal tem déficit de R$ 170 bilhões este ano e um de R$ 140 bilhões para o ano que vem. Não é no Tesouro que conseguiremos recursos. Precisamos buscar outras fontes que possam melhorar a qualidade do atendimento", disse ele. "Os planos mais baratos darão acesso a pessoas para consultas e internações que não buscarão no SUS", completou.