Temer não nomeia reitor da Ufersa obrigando a novas eleições

A recondução de reitor reeleito da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) foi realizada de forma ilegal, alerta o professor da instituição Josivan Barbosa. O Ministério da Educação deixou o prazo para a escolha do novo reitor – baseado na lista tríplice que recebeu da instituição – se expirar no dia 5 de agosto.

Mendonça Filho, com Temer - Divulgação MEC

A lei determina que, neste caso, o MEC deveria ter nomeado o professor mais antigo da instituição até a convocação de novas eleições em 60 dias. No entanto, Mendonça Filho reconduziu o atual reitor, Arimatea Matos como reitor pro tempore, numa decisão unilateral, sem consultar a comunidade acadêmica.

Segundo Barbosa, apesar de reeleito para o segundo mandato, pois Arimatea Matos encabeçava a lista tríplice – ele não reunia as condições de mérito para ser reitor pro tempore e agora terá que, ele mesmo, convocar novas eleições.

"A falta de transparência do atual gestor é por demais absurda. Em nenhum momento convocou o Conselho Universitário para informar sobre o parecer da Procuadoria Jurídica da SESU-MEC sobre a legalidade da Lista Tríplice organizada pelo Conselho Universitário. Ao invés disso e sempre refratário à transparência junto à comunidade acadêmica, o professor e atual reitor pro tempore preferiu esconder qualquer documento legal que possivelmente tenha sido emitido pelo MEC para a UFERSA", afirma Barbosa.