“Jamais vou jogar a toalha”, afirma Dilma em entrevista ao SBT

A presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do Conexão Repórter, neste domingo (21). Apesar do jornalista parecer mais um inquisidor, Dilma não se intimidou. Denunciou o golpe contra o seu mandato por meio do processo de impeachment, da traição do interino Michel Temer e da perseguição judicial ao ex-presidente Lula, entre outros temas.

dilma-cabrini - Divulgação

Numa edição truncada e cheia de mensagens subliminares, a fala da presidenta revelava a contradição da matéria. “Não tenho a menor intenção de renunciar. Não dou esse presente a eles”, disse Dilma, ao ser questionada sobre a hipótese de renúncia. “Jamais vou jogar a toalha”, reforçou.

Dilma também reafirmou que o processo de impeachment que enfrenta no Senado é um golpe de Estado. “Sou vítima de um julgamento fraudulento, que tem como objetivo fazer uma eleição indireta”, disse ela, lembrando que seus antecessores também cometeram as chamadas pedaladas fiscais. “Ou é crime para todo mundo ou não é para ninguém”, afirmou.

Ela enfatizou que o processo só ocorre por interesses de grupos que, como revelou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) em gravações feitas por delator, querem barrar as investigações da Lava Jato.

Dilma também disse que Temer traiu não apenas a ela, mas os eleitores. “Temer não foi eleito para fazer o que está fazendo. Foi eleito com o meu programa de governo.”

Sobre as ilações da mídia e de adversários políticos que tentam associar o seu governo aos esquemas de corrupção, Dilma foi enfática: “Não tenho responsabilidade nenhuma se um funcionário da Petrobras resolveu ser corrupto”.