Dilma a Ana Amélia: "Se não provar que tem crime, é golpe, sim"
Aos responder os questionamentos dos senadores, a presidenta Dilma Rousseff desmonta, ponto a ponto, a tese de crime de responsabilidade fiscal. Em resposta ao questionamento da senadora Ana Amélia (PP-RS), defensora do impeachment, em que disse que a presença de Dilma no processo de julgamento do impeachment "legitimava o processo" e portanto, não era golpe, Dilma afirmou que compareceu ao Senado porque a Casa precisa ser preservada.
Publicado 29/08/2016 12:06

"Compareço ao Senado porque é um espaço democrático que precisa ser preservado. Quero que a democracia saia ilesa desse processo, mesmo se considerado um rito correto. Não basta um rito correto, é necessário um conteúdo justo", afirmou Dilma.
E explicou porque o processo de impeachment é um golpe: "Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato. Encobrem a tentativa de derrubar um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto, que não foi eleito. Eu não tenho apreço egoísta pelo meu mandato, eu o defendo porque ele é intrínseco da democracia. Se não provar que tem crime, é golpe, sim", disse a presidente afastada.