Aliados de Cunha querem adiar votação do pedido de cassação  

Aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encontraram o pretexto que procuravam para adiar a votação do pedido de cassação do peemedebista marcado para o próximo dia 12. Eles alegam que é preciso aguardar o resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) das ações que devem ser protocoladas pelo PSDB, DEM e PPS questionando o fatiamento da votação do impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.  

Conselho de Ética pode votar processo de Eduardo Cunha nesta tarde

A justificativa é de que é preciso esperar a Corte resolver a questão para evitar possíveis nulidades do processo contra Cunha. Mas o adiamento serviria mesmo para empurrar a votação para depois das eleições de outubro, quando os deputados poderiam votar a favor de Cunha sem temer prejuízos eleitorais.

Técnicos da Câmara ouvidos pelo jornal O Estado de São Paulo avaliam que o fatiamento da votação do impeachment não cria precedente para a votação de cassação de Cunha. Eles lembram que a habilitação para o serviço público de Dilma pode ser votada separadamente no Senado, porque ela já constava no parecer que estava sendo votado. Ou seja, não foi incluída por meio de um texto novo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou na quinta-feira (1º), que vai manter a votação da cassação de Cunha para 12 de setembro.