"Empossado", Temer mostra garras ditatoriais

O usurpador Michel Temer não se enxerga mesmo. Sem voto – até como candidato a deputado federal ele ficou duas vez na suplência nos três pleitos em que disputou – e sem qualquer legitimidade – o seu partido, o PMDB, chega ao Palácio do Planalto pela terceira vez sem nunca ter vencido uma eleição presidencial -, o Judas ainda acha que está com a bola toda. 

Por Altamiro Borges*, em seu blog

Temer empossado - Foto: Reprodução/TV Senado

Logo após ser "empossado" no colégio eleitoral do Senado, nesta quarta-feira (1º/9), ele saiu dando broncas, todo arrogante, mostrando as suas garras autoritárias. Segundo a mídia chapa-branca, até os seus capachos se surpreenderam com o tom. De "vice decorativo", Michel Temer parece querer virar o novo ditadorzinho do Brasil.

Segundo relato da Folha golpista, "o sisudo Michel Temer virou presidente cheio de marra e recados. Na primeira reunião ministerial após a posse, falou grosso. Disse que são 'inadmissíveis' divisões em sua base de apoio no Congresso. 'Não será tolerada essa espécie de conduta. Quem não quer que o governo dê certo, declare-se contra o governo e saia', declarou", relata o repórter Leandro Colon. Ele ainda exigiu firmeza dos seus serviçais. "Vamos contestar o termo de golpista. Golpistas são eles, que propõem a ruptura constitucional. Não vamos levar ofensa para casa… No plano internacional, eles conseguiram com algum sucesso dizer que aqui houve um golpe. Agora, vamos ter que responder". E concluiu que não "vai tolerar" vacilações na base governista. Haja prepotência!

Já em sua primeira exibição em cadeia nacional de rádio e tevê, o usurpador até tentou dar uma de "pacificador". Num discurso enfadonho de cinco minutos, ele prometeu "reunificar" o país. Mas, de fato, ele tentou seduzir o "deus mercado", que incentivou o "golpe dos corruptos". O Judas garantiu que imporá as reformas trabalhista e previdenciária, mas não deu detalhes da facada. "Nossa missão é mostrar aos empresários e investidores de todo o mundo a nossa disposição para proporcionar bons negócios que vão trazer empregos ao Brasil". Em tom demagógico, o golpista concluiu: "Meu único interesse, e que encaro como questão de honra, é entregar ao meu sucessor um país reconciliado, pacificado e em ritmo de crescimento. Um país que dê orgulho aos seus cidadãos". Haja cinismo!