Governistas voltam atrás e vão levar decisão do impeachment ao STF 

O governo ilegítimo de Michel Temer mal começou e já registra baixas e desavenças na base aliada. O PSDB, DEM e PPS decidiram que vão acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a manutenção dos direitos políticos de Dilma. Na quinta-feira (1º), os três partidos haviam desistido da ação no Supremo porque teriam sido alertados pelos advogados de que a ação abriria espaço para que todo o processo do impeachment fosse questionado. 

Governistas voltam atrás e vão levar decisão do impeachment ao STF - Agência Senado

A decisão é motivada pela posição adotada por alguns setores do PMDB que permitiram a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff na votação do impeachment realizada na quarta-feira (31).

Nesta sexta-feira (2), após a apresentação do Mandado de Segurança da defesa de Dilma no STF para anular a condenação no impeachment e determinar que o Senado realize uma nova votação no processo, eles voltaram atrás e anunciam que entrarão com ação pela suspensão dos direitos políticos da presidenta eleita.

O líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), que mais colaborou com o golpe que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff e guindou Temer ao cargo de presidente da República, anunciou que deixará a base de apoio de Temer, e seguirá de maneira independente, numa postura de “apoio crítico”.

Para o senador, a decisão de cassar o mandato de Dilma e preservar seu direito de exercer funções públicas é uma “invencionice”. E classificou o resultado como inconstitucional. Para a defesa da presidenta eleita, todo o processo é inconstitucional e a manutenção dos direitos políticos da presidenta é a admissão, por parte dos senadores, de que ela foi impedida de exercer o cargo para o qual foi eleita mesmo sem ter cometido crime de responsabilidade.