Metalúrgicos reforçam mobilização nacional em defesa dos direitos

Após definir data de paralisação nacional da categoria, para 29 de setembro, os Sindicatos, Federações e Confederações metalúrgicas já começam a mobilizar as bases para resistir aos ataques neoliberais do governo de Michel Temer. 

Líderes metalúrgicos de São Paulo

A convocação do ato será por meio por boletins e redes sociais. “Isso foi uma das decisões tomadas conjuntamente, durante a reunião que fizemos em São Paulo. Os jornais da categoria deste mês terão como manchete nossa paralisação nacional e os motivos de convocarmos os trabalhadores para o enfrentamento”, adiante Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).

 
A Agência Sindical também ouviu Luiz Carlos da Silva Dias, presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT). Ele avalia que a iniciativa é necessária do ponto de vista político, pois as reformas propostas pelo governo só dificultarão a vida dos trabalhadores. “A crise política e econômica abre espaço para que a direita se sinta à vontade em nos atacar. Porém, a culpa da crise não é de nossos direitos, consolidados há muito tempo. É isso que mostraremos com a paralisação nacional”.
 
O presidente da Federação diz que os Sindicatos devem paralisar as indústrias no dia 29, atrasar turnos, além de fazer passeatas. Luizão ressalta: “A iniciativa dos metalúrgicos não é única. Faremos esse dia nacional da categoria, mas participaremos de outras iniciativas com demais categorias, além do ato das Centrais dia 22 de setembro”.
 
A mobilização foi definida na quinta (8), por 18 entidades metalúrgicas reunidas em São Paulo. As entidades lançaram o documento – Unidade de Ação Metalúrgica em Defesa dos Direitos e da Aposentadoria – que também será distribuído nas bases.