Trabalhadores do DF ocupam a cidade com atos pelo “Fora Temer” 

Várias categorias de trabalhadores do Distrito Federal estão engajadas no Dia Nacional de Paralisação e de Mobilização, que ocorre nesta quinta-feira (22), em todo o país. As manifestações, convocadas pelas centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, começaram pela manhã, em vários pontos da cidade, e vão culminar com um ato às 17 horas no Museu Nacional, com caminhada pelo “Fora Temer” percorrendo a Esplanada dos Ministérios.  

Trabalhadores do DF ocupam a cidade com atos pelo “Fora Temer” - CUT-DF

Trabalhadores das áreas de educação, serviço público distrital e federal, comércio e serviços e o ramo financeiro realizam paralisações, assembleias ou atos contra os ataques à classe trabalhadora, que fazem parte da agenda do governo golpista de Michel Temer e a base parlamentar aliada que atendem aos interesses da elite econômica e social.

“Não vamos admitir retrocesso. Não vamos admitir reforma da Previdência, aumento da jornada de trabalho, terceirização sem limite e sem responsabilidade, que significa subcontratação generalizada e precarização de salário e trabalho. Muito menos vamos admitir que aquilo que o patrão quer a seu bel prazer e lucro próprio valha mais que a lei trabalhista”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Os comerciários e trabalhadores em serviços foram os responsáveis pelas primeiras manifestações, logo às 7 horas da manhã. Eles ocuparam o Setor Comercial Sul, área de grande movimentação de pessoas, para dialogar com a população sobre os motivos do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização.

Os funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) também iniciaram as manifestações logo cedo, às 8h30min, em frente à sede da empresa, no Setor de Indústria e Abastecimento (SAI), com mobilização e assembleia. Os funcionários da Eletronorte e Furnas também pararam as atividade para participarem das manifestações do Fora Temer, anunciou a dirigente do Sindicato dos Urbanitários no Distrito Federal (Stiu-DF), Fabiola Latino Antezana.

Diálogo com a população

Os servidores públicos federais, sob violentos ataques do governo golpista, se mantem mobilizados durante todo o dia, no Espaço do Servidor, localizado em frente ao Ministério do Planejamento. Eles fazem manifestações e panfletagens, com o objetivo de dialogar e conscientizar a população sobre os prejuízos embutidos no golpe parlamentar de Estado.

Os bancários, que estão em greve desde o dia 6 de setembro, intensificarão as ações do movimento paredista. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, a categoria se unirá aos outros sindicatos de trabalhadores que atuam nas instituições financeiras, como vigilantes, transportadores de valores (responsáveis pelo trabalho de abastecimento dos numerários das agências e caixas eletrônicos), terceirizados de limpeza, copa e processamento de dados para se manifestarem contra o governo golpista de Michel Temer.

De acordo com o dirigente da CUT nacional, Ismael José Cesar, “a ideia principal deste dia 22 de setembro não é colocar a massa nas ruas, mas realizar paralisações pontuais nas fábricas, no transporte coletivo, nas escolas e em outros espaços”. O objetivo é organizar o descontentamento e a indignação generalizada e preparar uma base mais sólida para a deflagração da greve geral.

Servidores do DF

No DF, a classe trabalhadora, em especial o funcionalismo distrital, também repudiará a política adotada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que aumenta impostos, tenta privatizar os espaços e os serviços do Estado, reduz e deteriora serviços, demite trabalhadores terceirizados em massa e dá calote nos servidores públicos.

Os trabalhadores e professores das escolas públicas, os trabalhadores do Detran e os servidores do Distrito Federal realizaram ato público com paralisação às 9h30, na praça do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF). E às 14 horas, na Câmara Legislativa, haverá ato unificado, para protestar contra a política salarial do governo distrital.

Nesta data, a Comissão Geral de Reajustes Salariais dos Servidores Públicos do DF se reunirá para discutir os atrasos de pagamento de salários e benefícios para este setor. Cerca de 10 mil servidores enfrentam atrasos recorrentes em benefícios e até 13º salário. O pior é que as 37 categorias do funcionalismo correm o risco de não receberem em outubro a parcela do reajuste salarial (definida em acordo com o GDF) que já deveria ter sido paga no ano passado.