Chanceler britânico fala em apressar saída da União Europeia

O chanceler britânico, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira (26) que, ainda que reste muita coisa a fazer antes de dar início ao Brexit, como se denomina a saída de seu país da União Europeia (UE), esse processo não deve sofrer demoras.

Boris Johnson, chanceler do Reino Unido

O político conservador, que em seu cargo anterior como prefeito de Londres foi um dos principais promotores do Brexit, reconheceu que "evidentemente a saída não será feita antes do Natal", referindo-se a invocação do 50º artigo do Tratado da UE, primeiro passo para consumar a separação.

"No entanto, não se deve atrasar a tramitação do processo para o primeiro trimestre de 2017", com o propósito de que em menos de dois anos se formalize a saída britânica da comunidade regional, antes das eleições do Parlamento Europeu previstas para 2019.

Por sua vez, o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, na oposição, exigiu neste domingo (25) mais transparência da primeira ministra Theresa May, com relação a sua estratégia para o Brexit, depois de que a mesma decidiu iniciar o processo para a separação da UE sem contar com a Câmara dos Comuns.

A posição do governo britânico é questionada por analistas que indicam a necessidade dessa consulta prévia como o referendo de 23 de junho, no qual triunfou o Brexit, não foi um exercício legalmente vinculante e é necessária a aprovação parlamentar para sua implementação.

Corbyn insistiu em que Theresa deve informar seus planos aos parlamentares pois, segundo apontou, 'não acho que seja democrático nem sustentável em absoluto' colocar de lado o critério deles.