Dilma desmente revista Época sobre "aposentadoria a jato" 

Em nota neste sábado (1), a assessoria de imprensa de Dilma Rousseff nega que ela tenha tido uma tratamento privilegiado em seu pedido de aposentadoria, ao contrário do que afirma reportagem publicada pela revista Época. "O jornalismo de guerra adotado pelas Organizações Globo e seus veículos demonstra que a perseguição a Dilma Rousseff prosseguirá como estratégia de assassinato de reputação, tendo como armas a calúnia e a difamação", diz a nota.

Dilma Rousseff - Foto: AFP

 A revista do Grupo Globo diz que Dilma "furou a fila do INSS para se aposentar", afirmando que o ex-ministro Carlos Gabas entrou pelos fundos da Agência da Previdência Social do Plano Piloto e dizendo que, quando Gabas saiu da sala do chefe da agência, Dilma estava aposentada.

"Tal celeridade poderia ser o triunfo de uma burocracia ágil e impessoal, implantada pelo governo Dilma. Mas não. O tempo médio de espera para que um cidadão consiga uma data para requerer aposentadoria em uma agência da Previdência é de 74 dias, segundo informações do INSS", diz a matéria da Época. Entretanto, reportagem publicado pelo jornal Estado de Minas em abril de 2010 mostra que já era possível "obter o benefício em menos tempo que a meia hora prometida pelo governo, desde que os papéis estejam em ordem".

A nota da assessoria de imprensa explica o trâmite burocrática da aposentadoria da ex-presidente, ressaltando que uma "auditoria do INSS poderá constatar que não houve quaisquer irregularidades".

Leia a nota completa abaixo:

Nota à imprensa

A respeito do texto noticioso “Aposentadoria a jato”, publicado por Época neste sábado, 1º de Outubro, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1) Diferentemente do que insinua a revista Época, ao dar um tom escandaloso para o pedido de aposentadoria de Dilma Rousseff, não houve qualquer tipo de concessão ou tratamento privilegiado à ex-presidenta da República.

2) O texto publicado por Época dá ares de farsa à aposentadoria de Dilma ao insinuar que a ficha cadastral dela teria sido adulterada de maneira suspeita, dentro de uma agência do INSS, ainda no ano passado. Isso é um desrespeito à ex-presidenta, cuja honestidade nem mesmo seus adversários questionam.

3) Todas as alterações feitas no cadastro tiveram como objetivo comprovar os vínculos empregatícios da ex-presidenta ao longo dos últimos 40 anos como funcionária pública. Auditoria do INSS poderá constatar que não houve quaisquer irregularidades.

4) A regra para aposentadoria exige no mínimo 85 pontos para ser concedida à mulher, na soma da idade mais tempo de contribuição. Dilma Rousseff atingiu 108 pontos, pelo fato de ter contribuído por 40 anos como servidora pública e chegado aos 68 anos de idade.

5) Diante disso, ela decidiu aposentar-se e recorreu, por meio de procuração a pessoa de sua confiança, a uma agência do INSS a fim de entrar com o pedido. O ex-ministro Carlos Gabas acompanhou.

6) Infelizmente, o jornalismo de guerra adotado pelas Organizações Globo e seus veículos demonstra que a perseguição a Dilma Rousseff prosseguirá como estratégia de assassinato de reputação, tendo como armas a calúnia e a difamação.

7) A verdade irá prevalecer contra mais esta etapa da campanha sórdida movida por parte da imprensa golpista contra Dilma Rousseff.

8) Os advogados de Dilma Rousseff avaliam os procedimentos jurídicos a serem adotados contra Época, seu editor-chefe e o repórter para reparar injustiças e danos à sua imagem pública.