Rússia reforça laços comerciais com América Latina

Que pese os embates da crise econômica pela baixa das matérias-primas, incluída o petróleo, a Rússia vem realizando hoje um reforço paulatino dos laços comerciais com América Latina.

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"Para 2017 esperamos uma ascensão nos nexos comerciais com América Latina, enquanto observam-se signos de recuperação neste ano", declarou Serguei Nosov, servidor público do ministério russo de Desenvolvimento Econômico.

O vice-diretor do Departamento de Ásia, África e América Latina do referido ministério afirmou que em 2015 se iniciou uma queda pelos efeitos da crise, após chegar a 70 bilhão de dólares de intercâmbio comercial em 2013.

Brasil, México, Equador, Argentina e Paraguai representam o 74% do volume total do intercâmbio comercial entre Rússia e América Latina, destacou Nosov.

Ao mesmo tempo, Brasil, México, Peru, Venezuela e Equador são as nações latinoamericanas com maiores importações desde Rússia, enquanto novamente Brasil, Equador, Paraguai, Argentina e Chile são as a mais exportações a este país.

Nas exportações da Rússia a América Latina, a maioria corresponde aos fertilizantes (39%) e metais (17), enquanto as maiores importações desde essa região são os produtos cárneos (28%) e frutos (17%).

A esse respeito, Vladimir Davidov, diretor do Instituto de América Latina da Academia de Ciências de Rússia, estimou que América Latina se virou ao mercado russo nos últimos anos com maiores volumes de exportação.

Mas ao mesmo tempo, assinalou, aumentou o mercado interno dessa região, após a entrada ao mercado de consumo de uns 50 milhões de pessoas sacadas da pobreza pelas políticas de governos progressistas.

Isso ocorreu depois que a pobreza em América Latina passou de 44% na década de 1990 a um 18% em 2014, recordou o especialista em uma conferência nesta capital sobre perspectivas de relações entre Rússia e a citada região.