Votações na Câmara podem ser comprometidas por sessão do Congresso 

A análise das mudanças na exploração do pré-sal, prevista para ser votada esta semana na Câmara, poderá ser comprometida pela sessão do Congresso marcada para esta terça-feira (18), para votar vetos presidenciais, concluir a análise da Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO) e aprovar os recursos para o Fies. 

Extinção de ministérios aprovada na Câmara é criticada pela oposição - Agência Câmara

Nesta segunda-feira (17), o Plenário da Câmara dos Deputados se reúne para discutir a Medida Provisória que autoriza o ingresso de militares aposentados na Força Nacional e um acordo internacional de coprodução cinematográfica entre Brasil e Reino Unido.

A votação mais polêmica da semana é o projeto que retira da Petrobras o status de operadora exclusiva do pré-sal marcada para a terça-feira pela manhã. A votação da matéria de autoria do senador tucano licenciado, José Serra (SP), sofreu grandes resistências e críticas da oposição e dos movimentos sociais e sindicais que querem, agora, na votação dos destaques, tentar alterar o texto para evitar prejuízos para a Petrobras e o patrimônio brasileiro.

A análise das mudanças no pré-sal pode sofrer adiamento pela sessão do Congresso marcada para as 11 horas da terça-feira. Em pauta, vetos presidenciais que trancam a pauta, destaques à Lei de Diretrizes Orçamentárias e a liberação de R$ 702,5 milhões para o Fies, entre outros projetos que liberam créditos suplementares.

Para votar as propostas, o governo vai ter que enfrentar intensa obstrução de partidos como PT e PCdoB, que protestam contra a inclusão, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, do limite de gastos públicos vinculado à inflação, nos moldes da PEC que congela os investimentos públicos por 20 anos.

A sessão do Congresso também depende de o governo garantir presença em Plenário, já que a última sessão convocada não se realizou por falta de quórum.

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), confirmou que a oposição é favorável à aprovação do dinheiro para o Fies, mas não vai abrir mão de criticar o teto dos gastos públicos. “Tentaram nos imputar a responsabilidade de não dar quórum para o Fies, mas eles estavam sustentando vetos que arrocham salários de servidores”, condenou.