Temer diz que não se "incomoda"' em se tornar "impopular"

Durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (10), Michel Temer afirmou que não se "incomoda" em se tornar um presidente "impopular", por conta do pacote de maldades contra o trabalhador que tenta impor.

Temer e Meireles grupo shell Beto Barata - Beto Barata/PR

Desde que a trama golpista foi revelada demonstrando que ele e sua cúpula dentro do PMDB se aliaram aos tucanos e demais partidos da direita para afastar a presidenta eleita Dilma Rousseff, Temer entrou para a história como traidor.

No poder há 180 dias, Temer aplica uma agenda de retrocessos para dilapidar o patrimônio nacional, com a entrega do pré-sal aos cartéis internacionais do petróleo, enviou ao :Congresso Nacional uma série de medidas de arrocho, que inclui a PEC 241 (Câmara) ou 55 (Senado) – que congela os investimentos públicos por 20 anos -, e prepara projeto de lei de reforma da Previdência e trabalhista.

Apesar do desmonte que promove contra o estado, Temer disse que nada disse lhe tira o sono. "No instante em que nós fazemos um grande ajustamento fiscal, com a grande fórmula de readequação, por exemplo, da Previdência Social, estamos pensando no Brasil do futuro", disse ele, que pretende elevar o tempo de contribuição, forçando uma aposentadoria tardia dos trabalhadores.

"De vez em quando me dizem: ‘Mas Temer, você vai ficar muito impopular’. Eu não me incomodo", completou el, dizendo que daqui ha dois anos o Brasil vais entrar nos trilhos.

Enquanto impõe uma política para reduzir o papel do Estado e diminuir as ações públicas de inclusão social, deixando o mercado financeiro determinar os rumos do país, Temer diz que o regime fiscal brasileiro "está sendo adequadamente planejado" para os próximos, com o objetivo de o Brasil ser um país "maior" do que foi nos últimos anos.

Segundo ele, projeções internas da sua equipe ministerial apontam que, se os gastos públicos continuassem no mesmo ritmo, ou seja, promovendo a inclusão e garantindo que os recursos do pré-sal fossem aplicados na saúde e educação, até 2024, na sua avaliação, o Brasil seria um Estado "falido".

E apesar de querer congelar os investimento públicos por 20 anos, inclusive de pesquisas científica, Temer afirmou que a população espera um Estado "mais eficiente" e com mais inovações científicas. "Quando você tem um país tecnologicamente avançado, tem um país respeitado. (…) As pessoas querem eficiência do Estado", declarou.