Base aliada de Temer minimiza crime de Geddel e sai em sua defesa

Aliados do governo de Michel Temer têm minimizado a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, e feito até elogios ao braço-direito do presidente, que está numa situação ruim após ter sido acusado de ter advogado em causa própria junto a Calero, que deixou o governo na última sexta-feira (18).

Aloysio Nunes - George Gianni/PSDB

"Eu estou esperando a avaliação da Comissão de Ética da Presidência da República. Ele [Geddel] tem sido um excelente ministro no papel de interlocutor do governo no Congresso", elogiou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Outro que minimizou o caso e elogiou Geddel foi Jovair Arantes (PTB-GO): "Esse vai e vem de acusações virou uma doença de as pessoas acusarem as outras, às vezes sem ter nenhuma certeza, então não dá pra saber [o que é verdade]. Geddel é um excelente ministro, interage muito bem com a Câmara".

Para o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), o assunto já está superado. "O ministro Geddel já se manifestou. O Brasil tem problemas maiores que esse para resolver. Entendo ser um assunto superado. Não influenciará em nada o comportamento da base do governo nas votações no Congresso".

Enquanto Ronaldo Caiado (DEM-GO) chamou o gesto criminoso de Geddel de "confundir as coisas", seu crime de "erro" e definiu ainda que, da forma como fez Geddel, ao agir pela liberação de uma obra onde tem um apartamento, "pode parecer para a opinião pública que você está se valendo do cargo para benefício próprio".

Caiado, porém, não deixou de criticar Calero, o autor da denúncia: "Se alguém vem com uma proposta indecorosa, incompatível com o cargo que a pessoa exerce, você deve dizer isso na hora. Isso de falar depois dá margem para uma dupla interpretação".