Janot não viu índicios para investigar Temer e Padilha no caso Geddel
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, disse que não viu indícios suficientes para pedir abertura de inquérito para investigar Michel Temer (PMDB) e o seu ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre a acusação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que sofreu pressão para liberar a construção de um prédio de luxo em Salvador, cujo ex-ministro Geddel Vieira Lila havia adquirido uma unidade.
Publicado 16/12/2016 17:06

Apesar disse, Janot vai enviar as suspeitas contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima para serem analisadas pela Procuradoria da República no Distrito Federal.
Nesta quinta (15), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu por unanimidade aplicar censura ética contra Geddel por conta do episódio no qual ele pressionou Calero a intervir junto a um órgão do ministério para liberar uma obra par a construção de um espigão em área tombada pelo patrimônio histórico, em Salvador. Por não ser mais ministro, essa foi a única punição cabível e a mais elevada para um ex-ministro e agente público.
Janot só analisou as suspeitas em relação a quem tem foro privilegiado, ou seja, Temer e Padilha. Em relação a Geddel, que não tem mais foro, a análise terá que ser feita pelos procuradores de primeiro grau.
Calero denunciou a pressão em depoimento à Polícia Federal e entregou áudios de conversas gravadas inclusive com Michel Temer. A Procuradoria Geral da República chegou a pedir essas gravações para a PF.