Paim: projeto da terceirização quer evitar calote aos trabalhadores 

O senador Paulo Paim (PT-RS) deve incluir em seu relatório sobre o projeto que regulamenta o trabalho terceirizado medidas que impeçam os inúmeros casos de "calotes" aos trabalhadores. Essa situação se configura em atrasos no pagamento de salários e descumprimento de obrigações previdenciárias e trabalhistas por parte das empresas intermediárias em situação de falência. 

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“Isto é um problema grave e entendo que é do próprio interesse do poder público resolvê-lo. Milhares de casos de calotes estão lotando os tribunais de norte a sul do país, até no Senado teve empresa que fechou as portas e deixou mais de 400 trabalhadores sem receber”, afirmou.

O senador explicou que deve apresnetar um texto que rejeita o projeto enviado pela Câmara que libera as terceirizações para as atividades-fim das empresas. Ele disse que a nova proposta foi construída em comum acordo com as centrais sindicais e as confederações trabalhistas.

O senador admite que ele e a oposição enfrentarão dificuldades na defesa de seu relatório no retorno das atividades legislativas em 2017. “O setor privado e o governo federal preferem a proposta como veio da Câmara dos Deputados”, observa Paim.

“Somos contra a liberação da terceirização para as atividades-fim das empresas. Entendemos que isso precariza as relações de trabalho. Vamos continuar mobilizando a classe trabalhadora de norte a sul do país contra isso. Estamos prontos para o bom debate nesta Casa”, anunciou o parlamentar.

O senador lembra que inúmeras manifestações de entidades e organizações sociais contra o projeto foram encaminhadas ao Senado. E destaca ainda que até mesmo no site do Senado, na página sobre a tramitação legislativa de proposições, a maioria das manifestações dos internautas é contrária à aprovação do projeto.