Liège Rocha: A luz do Fórum Social Mundial continua acesa

Há 15 anos, uma nova perspetiva de luta nascia em Porto Alegre para fazer um contraponto ao sistema capitalista, que possui sua maior representação no Fórum Mundial Econômico de Davos, na Suíça. Surgia então o Fórum Social Mundial (FSM), reunindo a diversidade e a resistência dos movimentos sociais. Desde então, outras edições ocorreram em outros continentes e se desdobraram em encontros regionais.

Por Laís Gouveia 

Marcha encerra primeiro dia de Fórum Social das Resistências - Sul 21

Neste ano, a capital do Rio Grande do Sul foi palco entre os dias 18 a 22 de janeiro do "Fórum das Resistências" um encontro nos marcos do FMS, que debateu os rumos dos movimentos sociais, em um cenário de ascensão da direita, da miséria e o avanço do imperialismo.

A Secretaria de mulheres do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Liège Rocha, participou do encontro e considera o espaço um folego de resistência para munir as próximas ações dos movimentos. "O encontro contou com um momento de reflexão sobre a ascensão do conservadorismo e a resistência dos povos, ocorrendo duas principais mesas sobre a conjuntura internacional e da América Latina. É clara a semelhanças da investida da direita em outros países, isso não é uma exclusividade brasileira", avalia.

Nesta edição, a crise econômica impediu que certas delegações participassem do encontro. Países como Senegal e Índia não conseguiram enviar representantes. Apesar dos desfalques, o fórum ocorreu com a representatividade de diversos países e de bancadas brasileiras das mais distintas regiões.

Com menos recursos para custear o fórum, a resistência também se fez presente para manter o caráter livre do espaço, rejeitando, por exemplo, a proposta do governo do Rio Grande do Sul (Sartori-PMDB) em financiar o encontro.

A luz do Fórum Social Mundial continua acesa

Liège chama atenção sobre a importância do Fórum para reanimar os movimentos sociais," Foram dezenas de debates dos mais variados temas, você percebe que não é propriedade sua, mas sim de um conjunto de atores protagonistas de várias partes do mundo. Então é necessário destacar a solidariedade e a soberania nacional como um ponto importante nesse cenário atual", destaca.

Baianos querem sediar o próximo FSM

Durante a Reunião do Conselho Internacional, os baianos desmontraram interesse em sediar o próximo Fórum Social Mundial, que ocorreria em março de 2018, em Salvador. Seria a primeira vez que o Estado receberia o encontro, que já passou por Porto Alegre (RS) e Belém (PA).

Confira a íntegra da conversa com Liége Rocha: