Vanessa Grazziotin: Posição que garanta enfrentar os embates de 2017
“Adotar uma posição que garanta, a nós e ao movimento popular, não apenas marcar posição, mas melhores condições de enfrentar esses duros embates”, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em artigo sobre os desafios da pauta política no Brasil no ano de 2017, a começar pela escolha da mesa diretora do Senado. O artigo foi publicado nesta terça-feira (31) na Folha de S. Paulo.
Publicado 31/01/2017 12:08

Para a senadora, o Brasil vive um momento atípico em que democracia está sendo golpeada e principalmente nestes períodos se faz necessário “a união das forças” populares e progressistas “para impedir o retrocesso nos direitos sociais e que o patrimônio público seja dilapidado”.
“As novas medidas antipovo e antinação anunciadas por Temer explicitam o real objetivo do golpe: trocar a política social em curso pelos velhos fundamentos neoliberais e parar as operações de combate à corrupção. Por enquanto, as medidas adotadas ou anunciadas só agravam a situação, e aliados já esboçam incômodo com o rumo do governo”, destaca o artigo.
Defesa da soberania nacional
Vanessa levanta sua preocupação com o desmantelamento da engenharia nacional. Para ela, a necessária união da oposição e mesmo de parlamentares da base governista “com algum compromisso patriótico” deve seguir na defesa da soberania nacional, “para evitar a entrega de nosso patrimônio ao capital estrangeiro e para impedir que, sob os escombros da Lava Jato, só restem empresas estrangeiras operando no Brasil”, escreveu.
Eleição da mesa diretora
Baseado na correlação de forças das bancadas, a escolha dos parlamentares que vão compor a mesa diretora da Câmara dos Deputados e do Senado deve ocorrer nesta quarta-feira (1º), com a tradição de seguir o regimento interno das Casas. “Não se trata, portanto, de uma disputa propriamente dita. Essa já foi definida nas eleições gerais”, ressalta Vanessa, concluindo que “se assim não fosse, jamais a oposição ocuparia espaços importantes no Parlamento”.
Porém, é neste contexto, afirma a senadora, “em que a democracia foi e está sendo profundamente golpeada” que “as forças democráticas e progressistas precisam se apresentar unidas”.
“Adotar uma posição que garanta, a nós e ao movimento popular, não apenas marcar posição, mas melhores condições de enfrentar esses duros embates”, conclui.