Metroviários de São Paulo podem paralisar atividades nesta quinta
Os metroviários de São Paulo fazem assembleia na noite desta quarta-feira (22) para decidir se promovem uma paralisação nesta quinta-feira. De acordo com o diretor do sindicato da categoria Wagner Fajardo, a Companhia do Metropolitano, controlada pelo governo do estado, ainda não confirmou o pagamento da Participação nos Resultados (PR) dos funcionários, esperado para até a próxima sexta-feira.
Publicado 22/02/2017 17:55
"No ano passado, assinamos acordo coletivo em que o Metrô se compromete a pagar a participação de resultados aos funcionários referente a uma folha de pagamento", afirma o dirigente, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Na manhã desta quarta-feira, representantes do sindicato se reuniram com os dirigentes da companhia no Tribunal Regional de Trabalho da 2ª Região (TRT2). Segundo Fajardo, não houve acordo na negociação. A empresa ofereceu apenas 50% do PR mínimo pago em 2016, o que totalizaria R$ 2.600.
O TRT propôs que o Metrô pague os R$ 2.600 no próximo dia 15 e que as duas partes negociem os outros 50% reivindicados pelos metroviários. O cenário será exposto à assembleia dos trabalhadores da categoria ainda hoje. "Mesmo que aceitamos a proposta do tribunal, nós não temos nada garantido, porque o Metrô não quer aceitar. Então, vamos decidir na assembleia se faremos a paralisação amanhã", afirmou o diretor do sindicato.
Metroviários trabalharam nesta quarta-feira (22) sem o uniforme, em gesto de protesto. Ao comentar os dois descarrilamentos ocorridos em linhas da companhia nos últimos 15 dias, Fajardo diz que os metroviários denunciam o problema há muito tempo.
nesta terça-feira (21), um trem da Linha 5-Lilás descarrilou quando saía da estação Adolfo Pinheiro. No último dia 7, acidente semelhante ocorreu na Linha 3-Vermelha, na zona leste. A falta de manutenção na frota de trens é uma antiga advertência feita pela entidade, segundo Fajardo. "A Linha 5 está para ser privatizada, e funciona como um laboratório. E sabemos que na Linha 4-Amarela, de gestão privada, o número de falhas técnicas já é maior do que na linha estatal", critica.