Depoimentos no TSE preocupam governo Temer
O depoimento de Marcelo Odebrecht à Justiça Eleitoral tirou o sono de Michel Temer e da cúpula do PMDB que ocupou o Planalto. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Temer acredita que a única saída para se livrar é a separação das contas.
Publicado 03/03/2017 12:46
Segundo a Folha, Temer está preocupado com as declarações dadas em depoimento por considerar que são suficientes para a cassação do mandato.
A preocupação de Temer por enquanto é somente com os trechos vazados seletivamente pela grande mídia, que até agora buscam isentar a atuação dele no pedido de R$ 10 milhões para a companhia do PMDB feita durante jantar no Palácio do Jaburu, em 2014. No entanto, o seu braço direito e ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que está estrategicamente licenciado, é o alvo direto das acusações.
A estratégia é arrastar o quanto puder a conclusão do processo para manter Temer no mandato tampão. A defesa cogita pedir a anulação do depoimento e disse que pretende recorrer a novos pedidos de apuração, diligências, mais testemunhas e recursos.
Enquanto isso, Padilha continua em observação no hospital em Porto Alegre (RS), após cirurgia. O ministro analisa prolongar a sua licença médica, que terminaria na segunda (6).
O afastamento de Padilha ocorreu no mesmo dia em que seu nome foi arrolado pelo amigo e ex-assessor de Temer, José Yunes. E o adiamento da volta ao trabalho ocorre na semana em que os delatores da Odebrecht também o implicam em esquema de caixa dois ao PMDB.