Julieta Palmeira, médica, comunista e feminista
A médica geriatra Julieta Palmeira tem uma ininterrupta trajetória de atuação política e profissional desde os tempos em que era estudante. Dinâmica e disposta, está sempre envolvida numa ação importante, sem nunca abrir mão de sua atividade profissional. Neste 8 de março o Portal Vermelho apresentada um perfil dessa baiana arretada que hoje exerce com brilhantismo a função de Secretária de Política para as Mulheres da Bahia.
Publicado 08/03/2017 17:27
As mulheres têm obtido muitas conquistas na luta contra a desigualdade de gênero e machismo, embora o caminho ainda seja longo para a superação de uma sociedade patriarcal e capitalista, abrindo espaço para a emancipação das mulheres.
As mulheres, maioria da população, são subrepresentadas na política e nos espaços de decisão na sociedade. Ampliaram a presença no mercado de trabalho, mas continuam a serem as principais responsáveis pelo trabalho doméstico, não remunerado, resultando em dupla jornada de trabalho.
Os índices de violência contra as mulheres são assustadores e tem a ver com o atraso que o machismo representa.
A superação da desigualdade de gênero representa um avanço civilizacional neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, momento de lembrar de comunistas com protagonismo na luta pelo empoderamento feminino e igualdade de gênero.
Julieta Palmeira, feminista e comunista, tem realizado um trabalho reconhecido como secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA). Médica geriatra, Julieta é integrante do movimento de mulheres desde a década de 70, quando iniciou a participação na União Brasileira de Mulheres – UBM. À frente da SPM-BA desde o final de janeiro de 2017, ela acredita que a experiência acumulada nos últimos anos será de grande valor no impulsionamento de ações e políticas voltadas para o combate à violência contra as mulheres, ao machismo e qualquer tipo de situação que coloque as mulheres em posição de inferioridade e submissão.
Experiente gestora pública, Julieta Palmeira foi responsável pela reconstrução da Bahiafarma – Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos, industria pública de medicamentos fechada para cumprir os desígnios da política neoliberal de privatização que trouxe prejuízos ao desenvolvimento do país.
Nesse período, foi a única mulher dirigente de indústria de medicamentos no país, tendo contribuído decisivamente para a incorporação de tecnologia no setor farmacêutico na Bahia.
Líder no Movimento Estudantil de Resistência à Ditadura Militar, que se iniciou em 1964, Julieta Palmeira começou a militância no PCdoB em 1978. Atualmente, é integrante dos Comitê Central e do Comitê Estadual do partido na Bahia, e da Coordenação do Fórum Nacional de Mulheres do PCdoB.
Durante anos dirigiu o setor de Comunicação e Propaganda do PCdoB na Bahia com importante contribuição a essa atividade partidaria.
Atuante no movimento médico, foi diretora do Sindicato dos Médicos da Bahia, tendo se engajado até os dias atuais na luta em defesa do SUS público e de qualidade ao integrar o movimento Médicos pela Democracia.
Julieta é militante do movimento pela Democratização da Mídia, integra a Comissão de Representantes estaduais dos Blogueiros Progressistas pela Bahia e representa o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé no Conselho Estadual de Comunicação Social da Bahia, tendo participado da criação do conselho, o primeiro no Brasil.