Dilma: "Quero que o Brasil tenha um encontro correto com a democracia"

Em entrevista à TV pública da Suíça, a presidenta eleita Dilma Rousseff voltou a denuncia o golpe contra o seu mandato e falou sobre o cenário político brasileiro. Dilma Em visita à Suíça para uma agenda de palestras e encontros, Dilma resgatou a sua trajetória política desde a Ditadura, até à queda provocada por um impeachment por crime de responsabilidade fabricado pela oposição.

Dilma Rousseff - Roberto Parizotti/ CUT

Segundo ela, "a eleição de 2018 já começou" e a oposição trabalha para inabilitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no tapetão.

“Eu não vou voltar à presidência. Eu vou continuar fazendo política todos os dias de minha vida. De agora até 2018, quero assegurar que o Brasil tenha um encontro correto com a democracia. E que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa concorrer”, afirmou.

Dilma foi recebida pelo diretor máximo da Organização Internacional do Trabalho, Guy Rider, o que demonstra que, para parte da comunidade internacional, ela ainda é vista como a presidente legítima do Brasil.

Na visita, ela também recebeu lideranças parlamentares da Suíça. De lá, ela parte para Portugal, onde participa de um seminário sobre neoliberalismo, promovido pela Fundação José Saramago.

Dilma respondeu a perguntas sobre economia e rebateu as denúncias de corrupção que ganharam o mundo por conta da Petrobras. Ela disse que não teve participação pessoal em qualquer esquema. Ela também disse que, ao contrário do que a mídia brasileira tenta exportar, o maior crime de corrupção da história não é a Lava Jato, mas sim a quebra de instituições financeiras na crise de 2008.