Escócia proporá novo referendo de independência
A principal ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou nesta segunda-feira (13) que promoverá a legislação para realizar um novo referendo sobre a independência do país do Reino Unido entre o outono de 2018 e a primavera de 2019.
Publicado 13/03/2017 17:36
Sturgeon adiantou em uma coletiva de imprensa que sua intenção é levar a proposta ao parlamento escocês na próxima semana, para convocar a consulta quando se esclarecerem os termos da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), opção conhecida como Brexit.
A líder independentista argumentou que deve 'atuar' antes que seja 'muito tarde', devido ao 'muro da intransigência' por parte do governo britânico diante do Brexit.
De acordo com a chefe do executivo regional, os planos de Londres de tirar o Reino Unido do mercado único europeu a fim de controlar a imigração, conhecido como o Brexit duro, 'prejudicarão a economia e mudarão a natureza de nossa sociedade e do país'.
A Escócia, onde se impôs a posição pela permanência na UE, promove o estabelecimento de uma relação especial com o bloco comunitário depois da saída do Reino Unido, enquanto May descarta a possibilidade de um status diferenciado nos laços das regiões com a entidade.
A 18 de setembro de 2014, 55,3 por cento do eleitorado escocês votou pela continuidade no Reino Unido, enquanto 44,7 por cento apoiaram a separação.
O governo britânico recusa a celebração de um segundo plebiscito e defende a manutenção da unidade do país.
A primeira ministra, Theresa May, quer invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia um período formal de dois anos de negociações sobre a retirada de um país comunitário do bloco europeu, antes do final deste mês, mas ainda espera a aprovação dos parlamentares.