Movimentos aumentam pressão sobre deputados para rejeitar reformas
Cresce a pressão do movimento sindical e social aos parlamentares que votarão as reformas da Previdência e Trabalhista. A estratégia desde a aprovação da terceirização irrestrita no dia 22 é “dar nome aos bois”, de preferência com a foto do deputado estampada em cartazes, boletins e ações nas redes sociais. Michel Temer pressiona os deputados para que a votação de ambas as reformas aconteça no primeiro semestre. AQUI você pode acessar o contato de todos os deputados do Brasil.
Publicado 29/03/2017 18:07
Em Minas Gerais começou a campanha “Queimação” que traz fotos, telefone e e-mail dos deputados federais mineiros que se posicionaram a favor da reforma da Previdência. O objetivo da Frente Brasil Popular Mineira é estimular a população a pressionar cada deputado pela rejeição da proposta de reforma da Previdência apresentada por Michel Temer.
Nesta semana em reunião com ministro de Temer, o líder do governo na Câmara André Moura (PSC-SE) afirmou que o governo tem 400 votos para aprovar a reforma da Previdência. Para aprovar a PEC 287, que trata da reforma, são necessários 308 votos em plenário, em dois turnos de votação. São 513 deputados na Casa.
Temer trabalha para não repetir o placar apertado na votação do PL 4302 que terceiriza a atividade-fim. O PL foi aprovado por 231 a 188 revelando divergências entre a base aliada. Além de autorizar a terceirização para todas as atividades, o PL estabelece ainda a pejotização e quarteirização das relações trabalhistas. Agora, aguarda a sanção de Michel Temer.
Os deputados que disseram sim à terceirização foram expostos em ações do movimento de trabalhadores. O Sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) publicaram a lista dos deputados “traidores da classe trabalhadora”.
A entidade metalúrgica imprimiu um boletim especial com os deputados paulistas pró-terceirização. A CUT elaborou um mapa em que o internauta pode clicar por estado para saber o nome do deputado que votou a favor da terceirização ilimitada.
A pressão aos deputados também tem se dado em aeroportos, nas bases eleitorais e na Câmara dos Deputados. No dia 31 de março, inúmeros atos acontecerão pelo Brasil em protesto às reformas de Temer. No dia 28 de abril, período previsto para a votação do relatório da reforma da Previdência, as centrais de trabalhadores prometem parar o Brasil com uma greve geral.Confira abaixo mapa da CUT com os parlamentares que votaram a favor da terceirização: