Transportes estão dispostos à nova paralisação contra reformas

Representantes dos condutores de ônibus, metroviários e portuários afirmam que categorias podem voltar a interromper atividades, dependendo do andamento das reformas no Congresso e das deliberações das centrais sindicais.

Ônibus parados na garagem durante a paralisação

Presentes na reunião das centrais, nesta quinta-feira (4), em São Paulo, os líderes sindicais reafirmaram essa disposição. "Achamos que a nossa categoria reúne condições (de parar novamente, em um possível nova greve)", disse, por exemplo, Wagner Fajardo, da coordenação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

 
"É um momento de guerra", comentou o presidente do Sindicato dos Condutores de São Paulo, Valdevan Noventa. A categoria, assim como a dos metroviários, interrompeu atividades na sexta-feira (28) e também em março, durante dia de protestos contra as reforma trabalhista e da Previdência. Ele também manifestou apoio à proposta de ocupação em Brasília. "Não podemos cochilar. Temos de parar Brasília no dia certo. E temos de estampar a cara de todos esses deputados que estão massacrando os trabalhadores."
 
Dirigente da CTB e presidente de Fenccovib, federação que reúne conferentes, consertadores, vigias e outras atividades portuárias, Mário Teixeira, também garantiu adesão do setor a possíveis paralisações. "No dia 28, paramos os 46 portos nacionais. Nem pardal aterrissou no porto", afirmou o dirigente.
 
Na última greve geral, do dia 28 de abril, os setores de transporte urbano e de carga parallisaram o país contra as reformas trabalhista e previdenciária. Em diversos estados, metroviários, condutores, caminhoneiros, portuários cruzaram os braços por 24h contribuindo para o sucesso do movimento.