Candidato liberal lidera disputa eleitoral na Coreia do Sul

O candidato Moon Jae-in, do Partido Democrático, de centro-direita, lidera a apuração dos votos nas eleições presidenciais da Coreia do Sul e tem uma ventagem de 18 pontos sobre o rival mais próximo, indicaram as pesquisas de boca de urna nesta terça-feira (9).

Moon Jae-in

Diversas pesquisas projetam que o advogado de 64 anos ganharia as eleições com 41,4% de apoio, enquanto o conservador Hong Joon-pyo, da Liberdade Sul Coreana, obteria 23,3% e o centrista Ahn Cheol-soo, do Partido Popular, ficaria com 21,8%.

Moon chegou ao sufrágio desta terça-feira como favorito e segundo especialistas pode ser convertido no primeiro presidente liberal do país em quase uma década, pela divisão existente entre as forças conservadoras depois da destituição da ex-presidenta Park Geun-hye por um escândalo de corrupção que também implicou na sua detenção.

O candidato tem intenções de dar um giro na política nacional e de impulsionar a cooperação com a República Popular Democrática de Coréia (RPDC).

Seu partido comprometeu-se também a examinar a instalação na Coreia do Sul do sistema de defesa antimísseis THAAD dos Estados Unidos. Seu programa de governo inclui altas salariais, redução do emprego informal, e melhoras nas condições e segurança dos centros de trabalho.

Moon disputou as eleições presidenciais de 2012 e perdeu para a presidenta destituída Park. Mas os analistas destacam agora como outro ponto a seu favor a indignação dos sul coreanos contra os conservadores, a quem ameaçam com um voto de castigo por diversos escândalos de corrupção.

A votação desta terça-feira estendeu-se das 6 até as 20 horas, hora local, sob a vigilância de 84 mil policiais.

A Comissão Nacional Eleitoral começou a apuração dos votos meia hora após o fechamento das urnas e planeja anunciar nesta mesma noite o vencedor, que assumirá o cargo amanhã por um mandato de cinco anos.

A disputa incluirá também os votos emitidos antecipadamente por 294.633 sul coreanos residentes em 116 países e de outros 11 milhões de cidadãos que votaram na semana passada.