Publicado 10/05/2017 13:26
Oras, por que o que deveria ser um momento trivial de exercício de defesa tornou-se o centro do debate público nacional, com a mobilização de milhares de lado a lado?
E aqui está o início da resposta: infelizmente, no processo da Lava-Jato, o judiciário perdeu a isenção e tomou um "lado".
A espetacularização do processo e dos agentes do poder judiciário nele envolvidos causou uma situação surreal: a presunção de culpa pura e simples, sendo descartáveis os meios para se chegar a ela.
A verdade é que Sergio Moro age ao arrepio da lei com a finalidade de entregar o "troféu" que prometeu a seus seguidores: a condenação de Lula. E ela deve vir a tempo de retirá-lo da disputa presidencial de 2018.
Vazamentos seletivos, cerceamento de defesa, meras ilações virarem "provas", entrevistas pirotécnicas e conluio com a grande mídia são armas da República de Curitiba contra o Estado Democrático de Direito.
Para destruir Lula, as elites brasileiras e seus aliados no sistema político, midiático e na superestrutura estatal resolveram usar "armas de destruição em massa" que, para atingir o objetivo, ameaçam todo o arcabouço político e jurídico nos quais o país se assenta desde a Constituição de 88.
Por tudo isso, apoiar Lula hoje não é apenas tomar o "lado" do ex-presidente que liderou um projeto de desenvolvimento soberano do país; mas é sobretudo lutar contra o arbítrio, contra o estado de exceção, contra a ditadura do judiciário. É estar ao lado do Brasil e da democracia.
Não é só por Lula, é por todos os brasileiros.
#LulaEuConfio
*deputado federal pelo PCdoB/SP. Silva é presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) e também foi ministro do Esporte nos governos Lula e Dilma, e vereador na cidade de São Paulo em 2013-2014.