Sobre trabalho insalubre para gestantes, Temer diz que talvez vá vetar
Na estratégia de disputar a batalha da comunicação para defender suas reformas, Michel Temer concedeu entrevista à emissoras de rádio nesta segunda-feira (15). Sobre a reforma trabalhista, Temer falou sobre uma das maiores aberrações da reforma trabalhista que permite que mulheres grávidas ou lactantes trabalhem em ambientes insalubres.
Publicado 15/05/2017 16:55
Apesar de ser uma proposta criminosa que atenda contra a saúde e a vida, Temer não disse que vai vetar, se limitando a dizer que "há essa possibilidade de vetar". mas no que se refere aos demais pontos "não pretendo vetar".
Atualmente, a legislação trabalhista determina o afastamento da empregada gestante ou lactante de quaisquer atividades insalubre ou exercidas em locais insalubres. De acordo com o texto da relatoria da reforma, trabalhadoras gestantes só serão afastadas de atividades consideradas insalubres “em grau máximo”. No caso de atividades ou locais com nível médio ou mínimo de insalubridade, a trabalhadora só será afastada caso um "médico de sua confiança" fizer a recomendação. No período da lactação, o afastamento também poderá ocorrer apenas se um atestado médico assim indicar.
Previdência
O ilegítimo voltou a discursar sob o argumento de que a sua proposta de reforma que tira direitos é um processo de "modernização". “Tenha certeza que daqui a dez anos será necessária uma nova reavaliação”, disse.
Temer disse que espera que a votação da reforma da Previdência no Congresso ocorra “o mais rápido possível”, mas que a base aliada está avaliando o melhor momento para a votação. “Só se leva a plenário tendo 320 ou 330 votos garantidos, de forma a obtermos os 308 votos necessários”. “Talvez votemos no final de maio”, disse ele, admitindo que ainda não tem os votos para aprovar a proposta.
Ao ser questionado sobre denúncias divulgadas em redes sociais de que estaria pagando com dinheiro público o salário da babá de seu filho Michelzinho, Temer demonstrou irritação: “Considero isso ofensivo a meu filho porque ele tem 8 anos e não precisa de babá. Tem uma senhora que cuida da casa. Ela foi contratada pelo Palácio porque a estruturas dos dois palácios [Planalto e Jaburu] são formatadas pelo Planalto. O que está havendo são adequações para saber se pode prestar serviço ou não. Como é algo ofensivo a meu filho, não vou deixar ele saber disso”.