Rei saudita diz que cúpula de Trump com muçulmanos será histórica

O rei Salman bin Abdulaziz, da Arábia Saudita, considerou nesta terça-feira que a reunião que o presidente estadunidense Donald Trump realizará em Riad, capital do país, com líderes de 30 nações árabes e islâmicas será exitosa no sentido de reforçar a cooperação.

Rei Salman bin Abdulaziz, da Arábia Saudita - Casa de al-Saúd

Salman destacou que a cúpula muçulmana com os EUA, prevista para o próximo domingo (21) se realizará “levando em consideração os desafios e as situações sensíveis pelas quais o mundo está passando”, e assim será histórica para todos.

De acordo com a emissora de televisão árabe Al-Arabiya, o rei acredita que as conversações ajudarão a estreitar os laços, fortalecer a estabilidade e promover a tolerância.

Fontes da chancelaria e a casa real al-Saúd sublinharam que o evento de Trump com chefes de Estado e de governo de países com maioria islâmica será um dos três foros que se realizarão no reino durante sua visita oficial, a primeira que fará ao exterior desde que assumiu a Casa Branca em janeiro.

Antes da cúpula, haverá uma outra reunião entre o chefe de governo dos EUA e o monarca wahabita, além de uma terceira que o visitante manterá com os chefes de estado de seis nações árabes do golfo Pérsico, reunidas no Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).

O rei disse estar seguro de que suas conversações com Trump, marcadas para 20 de maio, contribuirão para o fortalecimento e melhoria das relações estratégicas entre os dois países em vários campos e seus aspectos de cooperação em níveis regional e internacional.

Tanto pessoalmente como mediante as respectivas delegações, estadunidenses e sauditas procurarão estimular várias esferas de cooperação, com o objetivo de “melhorar a segurança e a estabilidade globais”, afirma um comunicado da casa real divulgado pela agência oficial SPA.

Além das outras cinco nações do CCG (Emirados Àrabes Unidos, Omã, Barein, Cartar e Kuwait), Salman enviou nas últimas semanas convites para pelo menos outros 18 líderes de nações muçulmanas, entre elas a Turquia, o Azerbaijão, o Níger, a Jordânia, a Indonésia e a Malásia.

A chancelaria saudita assinalou que os laços árabes-estadunidenses são “fortes e chegaram a uma etapa de consenso e uma associação equilibrada, baseada em interesses comuns”, embora alguns governos árabes mantenham “discordâncias” sobre o tratamento que Washington dá aos assuntos da região.