Altamiro Borges: #OcupaBrasília acelera enterro de Temer
As cenas da barbárie policial em Brasília na tarde desta quarta-feira (24) – com helicópteros, bombas de gás, balas de borracha, muito cassetete e vários feridos – não são sinais de força do Judas Michel Temer. Pelo contrário. Elas confirmam a sua fragilidade. Indicam que o protesto unitário, organizado pelas nove centrais sindicais e a maioria dos movimentos socais brasileiros – reunidos nas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo – podem acelerar o fim do covil golpista.
Publicado 25/05/2017 09:41
A quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto com o impeachment de Dilma pode até acionar as Forças Especiais e as tropas do Exército, mas seu fim está próximo. Se insistir em desafiar a sociedade – "se quiserem, me derrubem" –, Michel Temer poderá ser não apenas defecado do poder como será preso ou terá que deixar o país!
A mobilização desta quarta-feira – que reuniu mais de 200 mil pessoas, segundo os organizadores – evidencia que o covil golpista perdeu qualquer capacidade de governar o país. A tendência é de que a debandada dos partidos governista aumente nos próximos dias – três legendas já anunciaram a saída da base de apoio –, o que inviabilizaria a aprovação das contrarreformas trabalhista e previdenciária. No Congresso Nacional, os partidos oposicionistas e até rebeldes do PMDB prometem trancar a pauta de votação. Rodrigo Maia, o capacho dos patrões e o porta-voz do Judas na Câmara Federal, pode até chorar e fazer biquinho. Mas o "Botafogo" – da lista de propinas da Odebrecht – não terá vida fácil.
Com o prolongamento da crise política, o próprio "deus-mercado" já dá sinais de que teme o pior, com a deterioração acelerada da economia e a derrota das suas contrarreformas ultraliberais. Daí o esforço de alguns setores da cloaca empresarial – tendo à frente a ardilosa Rede Globo – para descartar logo o "bagaço" Michel Temer e para encontrar uma solução negociada – um golpe dentro do golpe – que viabilize um "novo presidente" através das eleições indiretas. A "ocupação de Brasília" deve reforçar estas e outras contradições no bloco golpista, o que será mortal para o Judas Michel Temer. A entrada em cena dos trabalhadores – como já havia ocorrido na histórica greve geral de 28 de abril – cria a real possibilidade de derrubar o usurpador, como de derrotar as contrarreformas da quadrilha e de garantir a convocação das eleições diretas. O jogo está sendo jogado!