Trump sofre pressão interna por saída de acordo climático
Além das críticas recebidas internacionalmente por sua decisão de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, o presidente Donald Trump enfrenta hoje a forte oposição de cidades e estados norte-americanos.
Publicado 02/06/2017 13:10
Os governadores da Califórnia, Jerry Brown; Massachusetts, Charlie Baker; Oregon, Kate Brown; Nova York, Andrew Cuomo; Colorado, John Hickenlooper; e Washington, Jay Inslee, asseguraram que continuarão apoiando o pacto contra a mudança climática apesar da medida do presidente.
Similar postura adotaram os governantes de Havaí, David E. Ige; Connecticut, Dannel P. Malloy; Virgínia, Terry McAuliffe; e Rhode Island, Gina M. Raimondo.
No caso da Califórnia, Nova York e Washington, seus líderes criaram a Aliança do Clima nos Estados Unidos, destinada a aglutinar os estados que respaldam o Acordo de Paris e aqueles que “tomam medidas agressivas contra a mudança climática”, segundo explicaram em um comunicado.
A iniciativa planeja promover o intercâmbio de informação, melhores práticas ambientais e também “implementar novos programas para reduzir as emissões de carbono de todos os setores da economia”.
Ao mesmo tempo, um grupo de 27 senadores californianos encabeçado pelo legislador estadual Kevin de León solicitou a Brown convocar uma reunião de cúpula sobre o tema, com a participação do México, Canadá e outros territórios estadunidenses.
O senador recordou que a Câmara alta local aprovou um projeto que colocará a Califórnia no caminho para a produção de energias limpas e renováveis, ao mesmo tempo em que eliminará o processo de extração de petróleo conhecido como fracking.
Além disso, 61 prefeitos também deram a conhecer que adotarão, honrarão e manterão os compromissos com os objetivos consagrados no Acordo de Paris, que pretende limitar o aumento da temperatura mundial abaixo de dois graus Celsius com respeito aos níveis pré-industriais.
Entre estes prefeitos incluem-se os de Boston, Martin J. Walsh; Nova York, Bill de Blasio; Chicago, Rahm Emanuel; Los Angeles, Eric Garcetti; Filadélfia, Jim Kenney; Nova Orleans, Mitch Landrieu; e Seattle, Ed Murray.
Depois de meses de suspense pela espera de sua decisão, Trump anunciou nesta semana que abandonará o convênio e procurará se reincorporar depois ou adotar um mecanismo novo, mas com outros termos, que do seu ponto de vista favoreçam aos estadunidenses e à economia do país.
Essa medida provocou uma chuva de críticas dentro e fora dos Estados Unidos, de líderes mundiais, organismos internacionais, celebridades, cientistas e cidadãos em geral.