Diap: Disputar a reforma trabalhista-sindical até o último voto
Menos barulho e mais articulações e conversas com os senadores. Assim precisa ser feito até que a proposta chegue à sua fase final no Senado, o plenário da Casa.
Publicado 06/06/2017 11:17
O DIAP entende ao contrário. É possível “virar votos” desde que as lideranças sindicais conversem com cada membro da comissão. A batalha não está perdida, pois é possível conquistar votos nas bancadas do PMDB, PSD e PSB. Cada “voto virado” será importante para levantar e manter o moral do movimento sindical nessa batalha.
A posição vitoriosa será por margem mínima de votos. Assim, disputar cada voto vai ser a garantia de fortalecer a luta contra o desmonte do Direito do Trabalho.
É importante, ainda, lembrar que o projeto depois de votado na CAE também passará pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS); e de Constituição e Justiça (CCJ). E, por fim, pelo plenário. Desse modo, a caminhada será de quatro passos. O trabalho só termina depois que o projeto for votado finalmente por todos os senadores. O desafio está lançado!
Desdobramentos
Depois da votação na CAE, se o relatório for aprovado, Ferraço apresentará o mesmo texto até quinta-feira (8) na CAS, conforme informou à Rádio Senado. A ideia é que a reforma seja votada na segunda comissão já na próxima semana. A oposição, no entanto, quer novas audiências públicas antes da votação final da proposta, no plenário do Senado. O governo espera concluir a votação no Senado nas próximas semanas, para sancionar a lei ainda em junho.
Também em entrevista à Rádio Senado nesta segunda-feira (5), o vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), afirmou que o parecer da CCJ poderá ser apresentado em plenário.
“Acredito que, com a votação na Comissão de Assuntos Econômicos e, na sequência, na Comissão de Assuntos Sociais, que são as duas comissões temáticas [de mérito], a matéria se encontrará pronta para ir a plenário. O parecer da Comissão de Constituição e Justiça poderá ser oferecido em plenário, até porque ninguém questiona a juridicidade, a constitucionalidade e a legalidade dessa iniciativa legislativa”, afirmou Fernando Bezerra.