Centrais ajustam ações do esquenta greve geral e do Ocupa Senado
As Centrais Sindicais intensificam a mobilização para o Esquenta Greve Geral, que acontece nesta terça-feira (20) em todo o País contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Juntamente com a mobilização de rua, a orientação das entidades é que se aumente a pressão sobre os senadores, que debatem sobre o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, que trata da reforma trabalhista. Há um indicativo das centrais para ocupação no Senado no dia 28 de junho.
Publicado 19/06/2017 12:18

Em reunião realizada no dia 14 de junho, as centrais definiram que os trabalhadores – em suas respectivas entidades – devem se manter em alerta total entre os dias 20 a 30 de junho, em razão da ameaça da reforma trabalhista entrar em votação no plenário do Senado. A previsão é que a reforma seja votada nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Sociais da Casa.
O presidente da Nova Central São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), disse à Agência sindical que as atividades de mobilização incluem plenárias de algumas categorias, corpo a corpo com políticos e esclarecimentos à população. “Foi uma reunião para definir como será o esquenta dia 20. No dia 21, faremos avaliação, no Dieese. Estamos pensando em um Ocupa Senado, dia 28”, conta Luizinho. O dirigente lembra que algumas categorias realizarão assembleias setoriais, para definir como participarão das manifestações. “Os condutores marcaram plenária nesta segunda (19), às 15 horas”, lembra.
Material unitário
O encontro decidiu também que cada Central irá fazer a sua tiragem de um jornal impresso, com esclarecimentos à população. A estimativa é que a tiragem alcance mais de um milhão de exemplares.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, diz que a reunião foi positiva. "Vamos fazer o esquenta em todo o Brasil. Aqui em São Paulo, a concentração será a partir das 10 horas, na Praça do Patriarca, no Centro. Vamos fazer um arraiá e depois passeata pelas ruas centrais da cidade", explica. O dirigente, que também é metroviário, informa que a categoria deverá decidir pela greve em assembleia dia 22 de junho.
Congresso fechado para trabalhadores
O dirigente da CTB denunciou as dificuldades impostas ao acesso de trabalhadores e sindicalistas ao Congresso Nacional. “Lá em Brasília está praticamente impossível acompanhar as votações ou conversar com os parlamentares. Ninguém tem acesso. É polícia pra todo lado, barrando a entrada das pessoas”, conta.