Magia, encantamento e ilusionismo marcam primeira noite em Parintins
Com o bumbódromo lotado, o boi Garantido abriu a primeira noite da 52ª edição do Festival Folclórico de Parintins. A apresentação começou pontualmente às 21h30 de sexta-feira (30) e apresentou o tema Magia e Fascínio no Coração da Amazônia.
Publicado 01/07/2017 17:23
De um grande coração que se abriu no meio da arena, o boi vermelho apareceu agitando a galera, como é chamada a torcida. Nesse primeiro dia, o Garantido quis mostrar a criação da Amazônia e o encanto que isso gera nas pessoas. Uma grande floresta encantada foi retratada em uma alegoria que chamou a atenção pela mobilidade e expressões faciais.
Vários momentos da festa emocionaram o público. Para a aposentada Néia Macedo, moradora de Brasília e apaixonada pelo boi vermelho, o que mais toca é a alegria da torcida. “Eu gosto muito do ritual indígena, mas de verdade, eu acho a galera tudo de lindo. Eles enfrentam fila desde cinco da manhã, tem força para gritar, para pular. Eu acho muito lindo”, disse a torcedora.
Já a manauara Maira Dias conta que o momento preferido do show foi a encenação da lenda que deu origem ao festival. “É o auto do boi porque conta a história do boi e sempre emociona a gente”, explicou.
O boi Caprichoso entrou na Arena quase uma hora da madrugada com o tema a Poética do Imaginário Caboclo. Com uma alegoria gigantesca, o boi azul apresentou as influências da cultura caboclae o encontro de diversos povos. O “Cine Teatro Brasil de Parintins” foi representando na Arena pelo artista Glaucivan Silva e homenageou o cineasta Silvino Santos.
O Caprichoso também chamou a atenção do público com números de ilusionismo, resultado de uma parceria com um dos maiores ilusionistas do país Issao Imamura. “A gente quer mostrar que o folclore, quando contado em uma história, é uma história mágica. Então o ilusionismo tem tudo a ver para ilustrar essa magia que a gente tem em relação ao folclore brasileiro”, explicou Imamura.
A novidade agradou Mateus Sabá, que é torcedor do Caprichoso desde criança. Ele lembra, entretanto, que a tradição não deve ser esquecida. “Com toda essa tecnologia a arte precisa acompanhar tudo isso. Uma manifestação artística que é tão tradicional colocar essas inovações no espetáculo é muito legal porque acompanha as tendências. É importante ter cuidado de nunca perder a tradição para que a gente reconheça o espetáculo e a história”, ressaltou.