Presidente do BNDES diz não ver irregularidades na gestão petista
No vídeo que o Vermelho reproduz abaixo, Marco Antônio Villa é surpreendido na Jovem Pan pelo novo presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que, apesar de ser um economista liberal, dá uma aula sobre o banco e quebra vários preconceitos e mitos sobre o funcionamento da instituição.
Publicado 15/07/2017 17:07

Questionado inicialmente sobre o que encontrou no BNDES, quando foi nomeado para o cargo pelo governo Temer, Rabello disse ter encontrado "muito talento" por parte dos 2,8 mil funcionários. Ele também declarou que não precisou "botar ordem em esculhambação nenhuma" quando assumiu o cargo. "Nada me surpreendeu", afirmou.
"O tamanho do BNDES está sendo objeto de muita controversa. As pessoas começam a achar que temos fomento demais, temos banco de desenvolvimento demais. Alguns brasileiros que se dizem liberais chegam a dizer que nós temos desenvolvimento demais, porque há uma atitude muito rançosa em relação ao nosso País e que vaza para um certo desânimo, um certo desalento, e quase que um certo desalento profissional", afirmou.
Em seguida, questionado por Marco Antonio Villa, crítico ferrenho de Lula e do PT, sobre financiamentos relacionados a operações realizadas nos governos petistas, como a do Porto de Mariel, em Cuba, e à JBS, dos irmãos Batista, que segundo Villa, deixaram grandes prejuízos ao banco, ele rebateu:
"Você vai me prometer uma coisa: vai ler as 200 páginas [do Livro Verde]. Você é um historiador, não pode ficar falando as coisas como está falando aí pelo microfone sem fazer uma investigação". Em seguida, o economista ressaltou que o comportamento do BNDES é "absolutamente ético e exemplar".
De acordo com o novo dirigente do banco, a JBS é "um dos negócios mais bem bolados e bem sucedidos da BNDESPar", braço de participações da empresa. Rabello de Castro rebateu as informações de Villa e destacou que o resultado líquido das operações do BNDES com a JBS até dezembro tinha sido positivo em R$ 3,56 bilhões – o banco colocou R$ 8,1 bilhões na empresa.
Com base nos números, Rabello de Castro negou que os governos petistas de Lula e Dilma tenham "favorecido A ou B". "O BNDES age tecnicamente. São mais de 30 pessoas que têm comportamento ético, impecável, assinando, pessoas que passaram num concurso. Seria muito difícil haver uma conspiração de 30 e tantos técnicos", ressaltou.