China: diretrizes da reforma financeira ao serviço da economia real
A China apresentou seus planos de reforma financeira no sábado, de modo a melhorar as capacidades do setor servir a economia real, garantindo também medidas de proteção contra riscos sistêmicos.
Publicado 17/07/2017 13:09
A China tem de reforçar a liderança do PCCh em torno dos trabalhos financeiros, manter-se fiel ao objetivo elementar da busca do progresso, mantendo a estabilidade, e respeitar as regras do desenvolvimento financeiro, disse o presidente Xi Jinping, durante a Conferência Nacional de Trabalho Financeiro, que ocorreu sexta-feira e sábado passados.
A conferência ocorre a cada 5 anos desde 1997, e é considerada de importância basilar para estabelecer o rumo das reformas financeiras do país.
Três tarefas foram reforçadas no encontro, incluindo a garantia de que o setor financeiro possa melhor servir a economia real, contendo os riscos financeiros e aprofundando as reformas financeiras.
O objetivo primordial do setor financeiro, refere Xi, deve ser o de servir a economia real e de combater os riscos financeiros.
O setor financeiro deve apostar na melhoria da eficiência dos serviços e qualidade, direcionando mais recursos para áreas econômicas e de desenvolvimento social mais debilitadas, frisou o Presidente.
O desenvolvimento do financiamento direto será priorizado, ao mesmo tempo que a estrutura de financiamento indireto será otimizada, através da aceleração da transformação estratégica dos maiores bancos estatais.
O desenvolvimento dos bancos de pequena e média dimensão e de instituições financeiras privadas está também contemplado na estratégia de desenvolvimento, segundo o chefe de Estado chinês.
A reiteração do estatuto do setor financeiro salienta a direção de desenvolvimento do setor financeiro e a ênfase no financiamento direto é também um modo de reassegurar os mercados acionistas, de acordo com Li Huiyong, analista da Shenwan Hongyuan Securities.
Xi foi perentório ao afirmar que a proteção contra riscos financeiros sistêmicos é o tema eterno do setor, no qual o governo deve ter um papel de monitorização mais proactivo, precavendo e lidando com os riscos oportunamente.
A China irá acelerar o desenvolvimento de leis e regulamentos vigentes no setor financeiro, melhorar a gestão da prudência macro econômica e enfatizar os regulamentos funcionais e comportamentais, prosseguiu Xi.
“O governo irá continuar a desalavancar a economia ao aplicar uma política monetária prudente e atribuir prioridade à redução da alavancagem em empresas estatais”.
A China irá estabelecer um comité ao cargo do Conselho de Estado para supervisionar a estabilidade financeira e o desenvolvimento. O Banco Central responsabilizar-se-á por tarefas no âmbito da gestão macro e prevenção de riscos sistêmicos.
Enquanto isso, a segunda maior economia do mundo irá continuar a abertura do seu mercado financeiro e a promover a internacionalização da sua divisa, o yuan, assegurou Xi Jinping.