Relatório pela rejeição da denúncia contra Temer é lido em plenário

O relatório que recomenda a rejeição da denúncia contra Michel Temer foi lido pela segunda secretária da Câmara dos Deputados, Mariana Carvalho (PSDB-RO), nesta terça-feira (1º) em sessão, sendo a primeira etapa exigida para a votação em plenário, marcada para esta quarta-feira (2).

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Para abrir a sessão amanhã, o governo precisa de 52 deputados presentes, mas para votar e barrar a denúncia, são necessários 342 votos aprovando o parecer que rejeita o prosseguimento da denúncia, com abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com pesquisa do Ibope, para 79% das pessoas consultadas, o deputado que votar contra a abertura do processo é cúmplice de Temer na corrupção.

Diante da impopularidade, o governo tem encontrado dificuldades para garantir o quórum para abrir a sessão. A crise é tanta que o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), ameaçou os deputados da sigla, dizendo que “terá consequências” se deputados votarem contra o governo.

Inicialmente, Jucá dizia que a legenda não fecharia questão, por considerar que se tratava de uma decisão de “foro íntimo”. Como a rejeição popular e a denúncia pela PGR, apos a delação de executivos da JBS, o senador resolveu fechar questão (medida que determina que todos os deputados votem da mesma maneira, podendo sofrer punição).

Enquanto o governo pressiona para garantir o quórum e tem pressa na votação, Jucá tenta camuflar as dificuldades do governo. Disse em coletiva de imprensa que não tem expectativa sobre a votação da denúncia no plenário e desconversou sobre o quórum. “Quem tem que botar 342 votos é a oposição”, disse ele, argumentando que quando foi preciso garantir os votos pelo golpe contra o mandato da presidenta Dilma eles se empenharam. “Quem quer tirar o Michel tem a obrigação de colocar 342 votos. Essa não é obrigação da base do governo”, acrescentou o líder do governo no Senado.