Jandira sugere que Temer incorpore plano de demissão voluntária 

Em julho deste ano, o governo Temer editou a Medida Provisória 792, que cria o Programa de Desligamento Voluntário para servidores. Esta foi mais uma estratégia do Executivo para garantir uma folga às contas públicas e reduzir o déficit orçamentário. Com isso, Temer espera convencer cinco mil funcionários a deixarem a administração pública. O número é o mesmo da última vez em que o Planalto lançou mão do expediente, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comandava o país, na década de 1990. 

Richard Silva/PCdoB na Câmara

Além do desligamento dos servidores, o PDV propõe hipóteses para a jornada de trabalho reduzida com remuneração proporcional e para a Licença Incentivada sem Remuneração de servidores públicos civis do Executivo Federal.

Nesta segunda-feira (7), a alternativa miraculosa do governo para a retomada do crescimento da economia recebeu uma emenda aditiva proposta pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A parlamentar sugere que o PDV também possa ser incorporado pelo presidente da República “que não tenha sido eleito para este cargo específico, mas ocupe sua vacância”.

“Já que Temer quer desligar milhares de servidores do governo para fazer a economia crescer, agora ele pode dar exemplo e ser o primeiro a puxar a fila. Aliás, ele saindo já é ótimo para a economia”, ironizou a deputada Jandira Feghali.

De acordo com a emenda, para a retomada do crescimento econômico, ao contrário do que determina o texto enviado para a análise do Congresso Nacional, “é preciso combater a origem dos entraves que ele enfrenta. O principal é um governo ilegítimo que tem como único objetivo cortar gastos e favorecer o capital financeiro. Para retomar o rumo do crescimento com distribuição de renda, é preciso que o presidente da República tenha a opção de aderir ao programa”.