Flávio Dino rebate Globo: TV Sarney ataca porque, no poder, não fez

Às vésperas de um ano eleitoral, com aprovação que ultrapassa os 60% como resultado de um governo que está modificando a vida do povo maranhense, o governador Flávio Dino (PCdoB) enfrenta o ataque da grande mídia ligada à oligarquia que comandou o estado por mais de cinco décadas.

Por Dayane Santos

Rede Globo Bom dia Brasil - Reprodução

Em tom investigativo e “bombástico”, a Rede Mirante – que desde 1991 tem o direito de retransmissão da Globo e é de propriedade da família Sarney –, produziu matéria em que diz que o governo do estado reformava uma clínica particular no Jardim Eldorado, especializada em traumatologia e ortopedia, sem que esta prestasse serviço para a população. A reportagem foi replicada pelo jornal Bom Dia Brasil na manhã desta quarta-feira (16).

O que a Globo tratou como uma medida feita à margem da população e às escondidas, foi devidamente registrada e publicada no Diário Oficial e anunciada pelo próprio governador Flávio Dino durante a solenidade de reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, em janeiro deste ano.

“Para quem não sabe, a Globo no Maranhão é de Sarney, que produz essas matérias ‘isentas’ sobre nosso governo”, rebateu Flávio Dino em sua página nas redes sociais. Ele também publicou um vídeo no qual fala sobre a unidade hospitalar.

“Na verdade, a TV de Sarney é contra a existência de um hospital de Ortopedia. Por uma razão: ficaram décadas no poder e não fizeram”, disse Flávio Dino.

A Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão, por meio de nota, salientou que a reforma é parte de um projeto que transformará a clínica em um centro de referência e que o governo está trabalhando para a inauguração do Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO), que vai representar a duplicação do número de leitos ortopédicos oferecidos pelo estado na capital, “suprindo demanda histórica nessa especialidade”.

A nota reforça ainda que a unidade será entregue à população neste semestre e esclareceu que a decisão em contratar uma clínica particular e reformar as instalações, para adequá-las ao padrão de unidade de referência para os casos de alta complexidade, foi uma medida emergencial com o objetivo de atender às demandas da população.

A mídia tratou como “escândalo” o fato do governo pagar pela reforma de um prédio particular, como se fosse uma vantagem indevida com o dinheiro público. O governo desmontou essa ilação.

“O aluguel de uma estrutura existente representou uma solução mais barata e mais rápida que a construção de um novo imóvel”, frisa outro trecho da nota, que destaca que o valor da reforma será descontado do aluguel, conforme determina Lei 8.245/91, que regula a locação de imóveis pela administração pública, que diz: “Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção”.

Flávio Dino também rebateu: “Quero que alguém me explique como podemos obrigar um particular a fazer uma reforma ou como podemos reformar um prédio sem antes alugar. Apesar desses absurdos ataques, vamos continuar a investir e ampliar serviços públicos. Mesmo que a ideologia dominante só queira ‘cortes’. Prefiro ser agredido injustamente pela TV do Sarney do que deixar a população sem o Hospital de Ortopedia. Ele funcionará em breve. Garanto.”

Tensão pré-eleitoral

Não é de hoje que as realizações do governo do Maranhão e a popularidade em alta têm incomodado a direita oligarca. Recentemente, por meio das redes sociais, Flávio Dino comentou o assunto afirmando que a reação de alguns setores é uma demonstração de que os oligarcas têm saudade do passado de privilégios e “já vivem a ansiedade eleitoral”.

“Lamento que o oligarca não evolua e, diariamente, mobilize seu império midiático para deturpar, agredir, perseguir. E esconda a mão”, disse o governador. E conclui: “Da minha parte, que fiquem ansiosos. Meu foco é governar, fazer o bem, cuidar das nossas 800 obras, fazer muita política social para todos”.