Pesquisas eleitorais indicam vitória do MPLA em Angola

Nessa quarta-feira (23) ocorrerão as eleições na Angola. De acordo com as últimas pesquisas João Lourenço será o próximo Presidente da Angola e na Assembleia Nacional o Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA) manterá a maioria dos deputados, como em 2012.

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Depois de declarar independência de Portugal no dia 11 de Novembro de 1975, Angola foi vítima de uma guerra civil que durou até o ano de 2002. Foram vinte e sete anos de guerra e quinze de paz. Só a partir de 2002, um país com imensas perdas de vidas humanas, destruição de famílias (500 mil mortos) e destruição das suas infra-estruturas pôde recomeçar, em paz, a sua reconstrução. E, ainda assim, com os efeitos da crise financeira internacional e a queda drástica dos preços do petróleo teve certa dificuldade.

O Presidente atual José Eduardo dos Santos está no governo desde 1979 – no seu último discurso como Chefe do Governo salientou que “Foi importante termos encarado a crise econômica e financeira como uma oportunidade para nos libertarmos da dependência excessiva desse produto [o petróleo] e para acelerarmos o processo de diversificação da economia, através do aumento da produção interna, da redução das importações, do fortalecimento do tecido empresarial nacional, da promoção e criação de emprego e da diversificação das fontes de receitas fiscais e de divisas”.

De acordo com pesquisas, o MPLA pode ter mais de 60% dos votos (em 2012, teve 71,84%). Em 2012 o MPLA atingiu uma maioria absoluta de 175 deputados, enquanto a oposição ficou com apenas 45 […] A CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral), de Abel Chivukuvuku, poderia ser a segunda força mais votada, com cerca de 19% das intenções de voto (em 2012, 6%), embora a diferença em relação à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), ficaria com 15% (em 2012,18,66%). Existe a possibilidade de a CASA-CE se tornar a segunda força com mais assentos no Parlamento, estima Carlos Pacatolo*.

O candidato atual do MPLA, João Lourenço, quer “promover e estimular a competência, a honestidade e entrega ao trabalho e desencorajar o 'coleguismo no trabalho’. O MPLA reafirma neste programa de governo o seu compromisso na luta contra a corrupção, contra a má gestão”

As outras cinco candidaturas apresentaram algumas propostas interessantes, mas mais frequentemente avançaram com objetivos irrealistas e demagógicos, atendendo à conjuntura angolana. Em outros casos possuem objetivos que violam a constituição, como o federalismo e a realização das eleições presidenciais e legislativas em momentos distintos.