Ato político do 4º Congresso CTB defende unidade para derrotar golpe
A noite desta quinta-feira (24) esquentou em Salvador, capital da Bahia, no hotel Stella Maris, onde aconteceu o ato político do 4º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Após aprovarem o regimento interno, as delegadas e os delegados reforçaram a defesa da unidade da classe trabalhadora para derrotar o golpe impetrado em 2016.
Publicado 25/08/2017 09:50
Apresentado pela jornalista Kardé Mourão, o ato contou com uma mesa substancial de forças populares para empoderar o projeto de unir os setores sociais avançados em defesa da democracia e dos direitos conquistados.
Pascoal Carneiro, presidente da CTB-BA, deu as boas vindas às delegadas e aos delegados, reforçando a intenção de que se realize um Congresso à altura dos desafios da conjuntura adversa.
A seguir discursou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo. “O tempo exige falar de política”, disse. Para Araújo, a classe trabalhadora precisa estar atenta e atuar para alterar a correlação de forças no Congresso.
"Juntos podemos construir um Brasil e um mundo menos desigual e mais humano”, porque “nem FHC conseguiu fazer o que Temer está fazendo em tão curto tempo”, complementou.
O presidente da FSM e diretor da Cosatu, sindicato da África do Sul, Mike Makwayiba, saudou os participantes do 4º Congresso Nacional da CTB e reforçou a solidariedade e união da classe trabalhadora contra o capital.
Já Peter Poschen, diretor da OIT no Brasil, sinalizou com a possibilidade de o Congresso da CTB “desenvolver saídas para a crise do Brasil”, superando este momento crucial na história.
A mesa contou com representantes da Força Sindical, da Nova Central, UGT e da CUT, CNTM, além da presença de diversos políticos, delegações estrangeiras, secretários do governo da Bahia, dirigentes estudantis, movimento negro e de mulheres, mostrando a força da central que mais cresce no Brasil.
Muito festejada foi a presença da presidenta do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia, Maria Agda Aguiar. Ela reforçou a necessidade de os dirigentes sindicais estarem bem preparados para enfrentar a realidade criada pelo governo golpista.
“Representante sindical tem que chegar à mesa de negociação com altivez”, afirmou. “Está nas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras o destino da Justiça do Trabalho. Vamos continuar de pé e de olhos bem abertos.”
Enquanto Carlos Muller, dirigente da CTB, reafirmou a necessidade de fortalecer as bases do movimento sindical porque “os trabalhadores e as trabalhadoras estão enfrentando o maior ataque da história a seus direitos”.
O representante do PCdoB, Renato Rabelo, defendeu a unidade das forças democráticas para “reverter o caos que estão implantando no país”. Para ele, a saída para o impasse da crise brasileira está na política.
Já a deputada estadual Fabíola Mansur representou o PSB e defendeu a unidade porque “o PSB tem lado, sempre teve”, o lado da classe trabalhadora. “Querem tirar a nossa esperança, mas nós resistimos.”
O vice-presidente da CTB, Vicente Selistre, disse que “este 4º histórico Congresso deve reverter a barbárie capitalista ultraliberal que ataca o Estado Democrático de Direito”. Ele concluiu que “não há caminho fora da unidade”.
Finalmente, Marianna Dias, presidenta da UNE, afirmou que “a unidade das centrais sindicais foi essencial para a vitoriosa greve geral de 28 de abril e essa unidade deve se estender a todo o movimento social para vencermos o golpe”.